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sábado, 30 de maio de 2009

CHÃO DE ESTRELAS




Minha vida

Era um palco iluminado

Eu vivia vestido de dourado

Palhaço das perdidas ilusões

Cheio dos guizos falsos da alegria

Andei cantando a minha fantasia

Entre as palmas febris

Dos corações


Meu barracão no morro do salgueiro

Tinha o cantar alegre de um viveiro

Foste a sonoridade que acabou

E hoje,

Quando do sol,

A claridade

Cobre o meu barracão,

Sinto saudade

Da mulher pomba-rola que voou


Nossas roupas comuns

Dependuradas

Na corda,

Qual bandeiras agitadas

Pareciam um estranho festival!

Festa dos nossos trapos

Coloridos

A mostrar que nos morros mal vestidos

É sempre feriado nacional


A porta do barraco

Era sem trinco

E a lua, furando o nosso zinco

Salpicava de estrelas

O nosso chão...

E tu

Tu pisavas nos astros distraída

Sem saber que a ventura desta vida,


É a cabrocha,

O luar

E o violão...


A porta do barraco

Era sem trinco

E a lua, furando o nosso zinco

Salpicava de estrelas

O nosso chão...

E tu

Tu pisavas nos astros distraída

Sem saber que a ventura desta vida,

É a cabrocha,

O luar

E o violão...


ÂMBAR


Tá tudo aceso em mim

Tá tudo assim tão claro

Tá tudo brilhando em mim

Tudo ligado

Como se eu fosse um morro iluminado

Por um âmbar elétrico

Que vazasse dos prédios

E banhasse a Lagoa até São Conrado

E ganhasse as Canoas

Aqui do outro lado

Tudo plugado

Tudo me ardendo

Tá tudo assim queimando em mim

Como salva de fogos

Desde que sim eu vim

Morar nos seus olhos


Adriana Calcanhoto

quinta-feira, 28 de maio de 2009

HOW CAN I GO ON (COMO POSSO CONTINUAR)




Como Posso Continuar
Como posso continuar
Como posso continuar
Desta maneira

Enquanto todo o sal é retirado do mar
Eu permaneço destronado
Eu estou nu e sangrando

E quando você apontar-me seu dedo tão selvagemente
E não houver ninguém para acreditar em mim
Para ouvir meu apelo e cuidar de mim?
Como posso continuar a partir de hoje?

Quem pode me fortalecer em todos os caminhos?
Onde posso estar seguro?
Onde posso permanecer?
Neste imenso mundo de tristeza

Como posso esquecer?
Aqueles lindos sonhos
Que compartilhamos
Eles estão perdidos e não há como encontrá-los!

Como posso ir em frente?
Algumas vezes eu tremo! na escuridão
Eu não consigo ver
Quando as pessoas me assustam

Eu tento esconder-me
Bem longe da multidão
E não há ninguém lá
Para me confortar

Senhor Ouve meu apelo
E cuida de mim
Como posso continuar? a partir de hoje?
Quem pode me fortalecer (ao longo de) em todos os caminhos?

Onde posso estar seguro?
Onde posso permanecer?
Neste imenso mundo de tristeza
Como posso esquecer?

Aqueles lindos sonhos
Que compartilhamos
Eles estão perdidos e não há como encontrá-los!
Como posso ir em frente?

Como posso continuar
Como posso continuar
Como posso continuar


(Freddie Mercury)

domingo, 24 de maio de 2009

QUANDO EU PENSO NA BAHIA




Quando Eu Penso Na Bahia
Maria Bethânia
Composição: Ary Barroso/ Luiz Peixoto


Quando eu penso na Bahia
Nem sei que dor que me dá
Me dá, me dá, me dá, ioiô
Me dá, me dá, me dá iaiá

E se eu pudesse qualquer dia
Eu ia de novo pra lá
Não vá, não vá, não vá iaiá
Eu vou, eu vou, se vou ioiô

Eu deixei lá na Bahia
Um amor tão bom, tão bom ioiô
Meu Deus que amor
E desse amor só quem sabia era a Virgem Maria

Nasceu, cresceu, viveu e lá ficou
Mas quem sabe se esse amor
Que ficou lá na Bahia ô já se acabou

E se assim for eu sei de alguém
Que lhe quer muito bem
Quem é?
Sou eu
Eu quem?
O seu ioiô

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O PEQUENO PRÍNCIPE...VERDADES


O PEQUENO PRÍNCIPE


“Quando a gente acaba a toalete da manhã, começa a fazer com cuidado a toalete do planeta.”


Perplexo com as contradições dos adultos, o pequeno príncipe simboliza a esperança, o amor e a força inocente da infância que habita o nosso inconsciente.
Extraordinário e misterioso, ele vive em um planeta muito pequeno. Lá, um dia, apareceu uma flor...


A ROSA


“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas”....


Ela começou a crescer, parecia vir do nada. Ficou horas se arrumando e ajeitando suas pétalas... E é linda! Mas também orgulhosa, caprichosa e contraditória.O pequeno príncipe apaixona-se e vive para atender aos seus caprichos: um lanchinho, o para-vento, uma redoma. Mas ela nunca está satisfeita e o nosso herói decide partir.Embora pareça contraditória, entre caprichos e sabedoria, a rosa é extremamente feminina e sedutora. Por isso, cativa o coração do principezinho.


O PILOTO


“As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas.”


Foi desencorajado, aos seis anos, pelos adultos que não reconheceram a sua sensibilidade artística e a sua capacidade de ver além das aparências. Mas anos depois, longe de todos, desenha a sua própria história.O piloto é a prova de que nunca é tarde para irmos atrás dos nossos sonhos.


O REI


"É preciso exigir de cada umo que cada um pode dar"


É o primeiro dos “donos do mundo” que o pequeno príncipe encontra nas galáxias. O rei pensa que tudo e todos são seus súditos e tem necessidade de controlá-los. Mas, com sabedoria, nos ensina que cada um só pode dar aquilo que tem.


O VAIDOSO


"Mas o vaidoso não ouviu.Os vaidosos só ouvem elogios."


O vaidoso precisa da admiração de todos para comprovar o seu valor.Ele nos faz lembrar que precisamos reconhecer nossos próprios talentos e capacidades, e não depender de elogios dos outros para nos auto-afirmar.


O BÊBADO


“– Por que é que bebes?

– Para esquecer.

– Esquecer o quê?

– Esquecer que eu tenho vergonha.

– Vergonha de quê?

– Vergonha de beber!”


O bêbado tenta escapar da realidade por meio do álcool, mas não consegue escapar da vergonha de ser como é. O seu desabafo é um alerta contra todos os vícios.


O HOMEM DE NEGÓCIOS


E de que te serve possuir as estrelas?

– Serve-me para ser rico.

–E para que te serve ser rico?

– Para comprar outras estrelas, se alguém achar.


Esse aí, disse o principezinho para si mesmo, raciocina um pouco como o bêbado.
O homem de negócios está tão ocupado contando o que acumulou que não pode desfrutar da vida. O pequeno príncipe nos faz ver que isso também é um vício.

É preciso valorizar quem você é, e não o que você tem.


O ACENDEDOR DE LAMPIÕES


"Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não muda!"


Um bom homem cumpre o seu dever. Mas como ele mesmo diz, " É possível ser fiel e preguiçoso..."O universo está em constante evolução. O homem, as crenças e as relações humanas também. Mas o acendedor de lampiões não tem o bom senso de questionar as ordens e trabalha sem parar, mesmo sabendo que não vai chegar a lugar algum.


O GEÓGRAFO


'É muito raro um oceano secar, é raro uma montanha se mover...."


O geógrafo sabe toda a teoria, mas não aplica seus conhecimentos. Nunca sai da sua mesa para explorar as descobertas. Como um bom burocrata, declara que isso é trabalho de outra pessoa.É ele quem recomenda ao pequeno príncipe que visite o planeta Terra. E deixa o principezinho abalado quando lhe conta que sua flor é efêmera...


A JIBÓIA


"‘Por que é que um chapéu faria medo? ’[...] Desenhei então o interior da jibóia, para que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações."

A jibóia desenhada pelo piloto quando criança é o ícone que nos ensina a ver além das aparências.


O ASTRÔNIMO TURCO


"Mas ninguém lhe dera crédito por causa das roupas que usava. As pessoas grandes são assim."


Os adultos, especialmente os sofisticados materialistas, julgam pelas aparências. Por isso, o astrônomo turco é desprezado pela comunidade científica até aparecer em elegantes roupas ocidentais..


A RAPOSA


“Tu te tornas eternamente responsávelpor aquilo que cativas.”


A sábia raposa ensina o pequeno príncipe a compartilhar. E explica-lhe que, apesar de existirem milhares de flores parecidas, a dele é única, e foi o tempo que ele dedicou a ela que a fez tão importante.
Cativar quer dizer conquistar e requer responsabilidade. Responsabilidade por um amor, por um amigo, pelo talento que possuímos e pelo que conquistamos em nossa carreira profissional e pessoal.
Seja responsável pelas suas conquistas. Valorize-se. Cuide do que você cativou.


A SERPENTE


"Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei.”


Embora fale sempre por enigmas, é o personagem mais franco de toda a historia.Ela respeita o que é puro e verdadeiro.


O CARNEIRO E A CAIXA


"Desenha um carneiro para mim, por favor.” “Era assim mesmo que eu queria!”.


Nada pode corresponder ao poder da nossa imaginação. Ela supera o conhecimento, pois não tem limites, e nos impulsiona para novas descobertas.


”Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer.”

terça-feira, 5 de maio de 2009

NA BAIXA DO SAPATEIRO (Ary Barroso)


Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia
A morena mais frajola da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão, não quis dar, fugiu
Bahia, terra da felicidade
Morena, eu ando louco de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outra morena igualzinha pra mim
Oh! amor, ai
Amor bobagem que a gente não explica, ai ai
Prova um bocadinho, ô
Fica envenenado, ô
E pro resto da vida é um tal de sofrer
Ôlará, ôlerê
Ô Bahia Bahia que não me sai do pensamento
Faço o meu lamento, ô
Na desesperança, ô
De encontrar nesse mundo
Um amor que eu perdi na Bahia, vou contar
Ô Bahia Bahia que não me sai do pensamento...
(Ary Barroso)

O BEM DO MAR


O pescador tem dois amor
Um bem na terra, um bem no mar
O bem de terra é aquela que fica
Na beira da praia quando a gente sai
O bem de terra é aquela que chora
Mas faz que não chora quando a gente sai
O bem do mar é o mar, é o mar
Que carrega com a gente
Pra gente pescar


(Dorival Caymmi)

sábado, 2 de maio de 2009

HINO AO AMOR


Se o azul do céu escurecer
E a alegria na terra fenecer
Não importa, querida
Viverei do nosso amor
Se tu és o sol dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querida
O amargor das dores desta vida
-Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
Se o destino então nos separar
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querida
Porque morrerei também
Quando enfim a vida terminar
E de um sonho nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu eu te encontrar
Quando enfim a vida terminar
E de um sonho nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu eu te encontrar
(Composição: Marguerite Monot / Edith Piaf - versão Odair Marzano)