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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A HISTÓRICA GUARDA SUIÇA - 503 anos



Enquanto os Exércitos de cada país evoluíram com o tempo, mudando seus uniformes, suas armas, seus métodos e incluindo as mulheres, a Guarda Suíça, fundada pelo papa Júlio II, em 1506, com o objetivo de proteger os pontífices no Vaticano, continua presa ao passado.

Em qualquer visita à Cidade do Vaticano, é inevitável prestar atenção nestes guardas, que pertencem ao menor Exército do mundo, com apenas 110 soldados. Apesar de seus oficiais aprenderem a manejar armas modernas e receberem cursos de defesa antiterrorista, em público, eles são vistos apenas empunhando espadas e alabardas quando efetuam seus trabalhos de controle do Vaticano e bloqueiam as vias de acesso à pequena e amuralhada cidade. Já a segurança externa fica a cargo da Polícia italiana, segundo os Pactos Lateranenses, assinados em 1929.

Seu vivo uniforme vermelho, azul e amarelo torna a Guarda Suíça uma verdadeira atração para milhões de câmeras fotográficas dos turistas que visitam o Vaticano todos os dias. Ele foi desenhado pelo comandante da Guarda Jules Répond, que ficou no cargo de 1910 a 1921, e é considerado uma das vestimentas militares mais antigas do mundo e, sobretudo, a mais original.

A criação

O Exército foi criado pelo papa Júlio II, em 1506, quando negociou com alguns dos cantões suíços o envio de voluntários para formar um contingente estável em Roma, como guarda pessoal e de sua residência.

A Guarda Suíça foi dizimada em 1527 após o chamado "Sacco di Roma", ou ataque que as tropas do imperador Carlos V ao Vaticano para dar ao papa Clemente VI "um castigo" por sua política pró-França. Naquela ocasião, o pontífice se salvou por ter se refugiado no castelo Sant'Angelo, mas 147 guardas morreram em sua defesa.

Por isso, todo dia 6 de maio e em lembrança do "Sacco di Roma", é realizado o tradicional juramento dos novos recrutas, em que eles levantam os três dedos das mãos direita para reafirmar sua fé na Trindade.

Após muitas alterações, o papa Pio VII voltou a formar o pequeno Exército em 1801, mas somente com 64 soldados. Leão XII aumentou o contingente para 200 em 1824, até chegar ao número atual, de 110 membros.

Condições dos soldados

Nestes cinco séculos, as normas de recrutamento dos chamados "anjos da guarda do papa" continuam as mesmas. Eles devem ser originários de algum cantão suíço, ser católicos, solteiros no momento de sua entrada no serviço, ter entre 20 e 30 anos e uma altura mínima de 1,74 metro.

A duração mínima de serviço é dois anos e o salário mensal que recebem gira em torno de mil euros, sem contar com o financiamento de alojamento, manutenção e assistência médica, pago pela Santa Sé.

Diante da possibilidade de abrir a Guarda Suíça para mulheres, há alguns anos, o então comandante do corpo, Elmar Mader, declarou: "nós não somos um Exército e não me imagino em serviço junto com mulheres. Vivemos em um quartel, em um ambiente muito estrito".

O interesse pelo Exército o levou a criar uma linha de artigos com sua marca, com chaveiros, camisetas, mochilas, guarda-chuvas, bonés e até garrafas de vinho com o escudo oficial da Guarda Suíça, que podem ser comprados pela internet ou em uma pequena loja dentro de seu quartel-general, no Vaticano. A arrecadação pela venda dos souvenires é destinada a obras de caridade.

A história do Exército foi cercada de mistério em 1998, quando o então comandante da Guarda Suíça, Alois Estermann, e sua esposa, Gladys Meza Romero, foram assassinados pelo cabo Cedrid Tornay, nos apartamentos destinados aos soldados.

Dezenas de artigos e livros foram escritos sobre o caso, com teorias que vão de boatos sobre homossexualidade a espionagem. No entanto, os tribunais do Vaticano asseguraram que Tornay matou o comandante e sua mulher por causa de um rancor pessoal que tinha contra Estermann.

De qualquer maneira, a missão da Guarda Suíça foi elogiada por todos os papas. "Vossos históricos uniformes falam aos fiéis e aos turistas de todo o mundo que vosso compromisso de servir a Deus não mudou", disse Bento XVI, descrevendo o trabalho de seus "anjos da guarda".

(Por Cristina Cabrejas, da Efe)





segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

CERCAS OU PONTES?
















Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas,
separadas apenas por um
riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda
uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que
começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca
de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa
manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.

- Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum
serviço para mim.

- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do
riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós
brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali
no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.

- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde
estão a pá e os pregos.

O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.
O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca,
uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho.

Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:

- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe
contei. Mas as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a
ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um
instante permaneceu imóvel do seu lado do rio.

O irmão mais novo então falou:

- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois
do que eu lhe disse. De repente,
num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e
abraçaram-se, chorando no meio da ponte.

O carpinteiro que fez o trabalho, partiu com sua caixa de ferramentas.

- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você. E o
carpinteiro respondeu:
- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...

Já pensou como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir
cercas e muros e passássemos a construir pontes com nossos familiares,
amigos, colegas do trabalho e principalmente nossos inimigos...O que
você está esperando? Que tal começar agora !!

Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de mágoas e mal
entendidos. Vamos deixar isso de lado, ninguém é perfeito, mas alguém
tem que dar o primeiro passo.

Quanto mais amigos tiver, melhor vai se sentir, sabe por que??!!

É bom demais Amar e ser amado é melhor ainda.

Pense Nisso e Construa Pontes ao seu redor.