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quarta-feira, 25 de maio de 2011

A IGREJA NÃO COMPORTA MÁSCARAS DE CARÁTER


Às vezes, pensamos que a igreja é um lugar onde a falsidade não adentrou ou encontrou guarida, todavia, infelizmente ou não, isso não é verdade. Devemos ter em mente que, independentemente das ingratas surpresas as quais seremos expostos, Deus está interessado em nosso caráter e compromisso. A frase gravada no cânone bíblico “Deus não faz acepção de pessoas” Atos 10.34 deve ser um lembrete de que a igreja não é um baile de máscaras, onde queremos passar uma imagem que não somos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

OS HIPÓCRITAS DO SANTUÁRIO

Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus,

Se eu deliro... ou se é verdade

Tanto horror perante os céus?!...

Tantos hipócritas no teu santuário,

Carregam teu corpo e teu sangue

Mas são hipócritas!

Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus,

Se eu deliro... ou se é verdade

Tanto horror perante os céus?!...

Ó Deus, por que não apagas

Co’o teu poder a má conduta

Desses hipócritas...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Beatificação de Irmã Dulce: Dilma assistiu ao evento em tenda montada para ela




Abrigados com Dilma, apenas alguns escolhidos para habitar sua bolha. Entre eles, o governador Jaques Wagner e o ministro Mário Negromonte

Quando Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se encontravam nos debates eleitorais, em igualdade de condições, ninguém imaginava que um dia se encontrariam novamente, mas em situações tão diferentes. Enquanto Dilma assistiu ontem à beatificação de Irmã Dulce protegida por sua ‘redoma de plástico’ - uma tenda montada para ela às pressas, ao lado do altar -, Serra não teve o mesmo conforto. Teve que acompanhar a cerimônia ao relento, debaixo de chuva e vento, junto com os reles mortais.

Abrigados com Dilma, apenas alguns escolhidos para habitar sua bolha. Entre eles, o governador Jaques Wagner (PT), o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), o prefeito João Henrique (PP) e o senador José Sarney (PMDB). Os três primeiros saíram antes do fim da cerimônia, sem falar com a imprensa.

Admirador de Irmã Dulce desde que era presidente da República, Sarney foi o único que ficou para ver a queima de fogos do final. “Deus já tinha reconhecido a santidade de Irmã Dulce há muito tempo. Só faltava o reconhecimento dos homens”, disse.

Ao ar livre, Serra também foi acompanhado por seus escudeiros. Na falta dos seguranças palacianos, os deputados federais tucanos Antonio Imbassahy e Jutahy Magalhães Jr, fizeram a escolta do ex-ministro da Saúde. “A beatificação de Irmã Dulce é uma coisa muito significativa para o país”, disse Serra. “Ela foi a personificação da fé inquebrantável. Agradeço a Deus todos os dias por ter colocado uma santa no Brasil”, completou Imbassahy.

Nem na bolha, nem ao relento, o deputado federal ACM Neto (DEM) e o presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, assistiram à celebração junto com outras autoridades e 500 padres que concelebraram a missa. “Irmã Dulce é o símbolo da Bahia. Sua obra e história marcaram o coração dos baianos. Para eles, ela sempre foi santa”, disse Neto.

Segurança

A estrutura do Parque de Exposições já estava toda planejada quando Dilma decidiu que iria. E a equipe da Presidência decidiu que tudo seria reorganizado para recebê-la. Tudo mesmo. A confusão feita pelo pessoal do Planalto foi tanta, que até uma das anfitriãs do evento foi barrada pela segurança. A sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, que hoje comanda as Obras Sociais da tia, foi impedida de entrar na área reservada para ela e outros familiares por policiais federais, porque não estava usando o broche distribuído pelo cerimonial da Presidência. “Me barraram. Fazer o quê, né? Aí me deram esse negocinho azul e eu pude entrar”, disse Maria Rita, constrangida, apontando para o broche.

Amiga dela de longa data, a atriz Míriam Rios sentou do lado da herdeira, de onde acompanhou tudo até o fim. Ela conta que conheceu Irmã Dulce quando ainda estava casada com o cantor Roberto Carlos e ambos ajudavam as obras. Agora, ela se prepara para encarnar a beata no cinema. “Vai ser um filme sobre a história dela, ainda estamos terminando de montar a equipe, mas a produtora vai ser a Iafa, a mesma de ‘Se eu fosse você’”, contou, se referindo ao filme estrelado por Glória Pires e Tony Ramos.

Priscila Chammas/ Bruno Villa

priscila.chammas@redebahia.com.br

sábado, 21 de maio de 2011

IRMÃ DULCE


Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (Salvador, 26 de maio de 1914 — Salvador, 13 de março de 1992), melhor conhecida como Irmã Dulce, o Anjo bom da Bahia, foi uma religiosa católica brasileira. Ela notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e aos necessitados.

Quando criança, Maria Rita, filha do Dr. Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBa), costumava rezar muito e pedia sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa. Desde os treze anos de idade, ela começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma idade, foi recusada pelo Convento do Desterro por ser jovem demais, voltando a estudar.

Em 1932, depois de se formar, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição (Smic), localizada em Sergipe. Após seis meses de noviciado, tomou o hábito de freira. No dia 15 de agosto de 1934, ela fez sua profissão de fé e voltou à Bahia.

Desde então, dedicou toda a sua vida à caridade. Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Chegou a receber a visita do Papa João Paulo II, quando esse esteve no Brasil, em virtude de seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Entre os diversos estabelecimentos que ela Irmã Dulce fundou estão o Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais; e o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), instalado em Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o “Círculo Operário da Bahia”, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.

Em 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português e depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebe no seu leito de enferma a visita do Papa João Paulo II. O Anjo Bom da Bahia morreu em seu quarto, aos setenta e sete anos, às 16:45 do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.

A 21 de janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável[2]

A 3 de abril de 2009, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas.

No dia 9 de junho de 2010 o corpo de irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação.

No dia 27 de outubro de 2010, foi anunciada pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) a beatificação, última etapa antes da canonização, da religiosa Irmã Dulce, tornando-a a primeira beata da Bahia. [3][4] O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.[5] No dia 22 de Maio de 2011, Irmã DUlce receberá o título de Beatificação em Salvador, Capital da Bahia

sábado, 14 de maio de 2011

13 de Maio - por Carla Caruso



No dia 13 de maio comemora-se a Abolição da Escravatura no Brasil. A palavra "abolir" significa acabar, eliminar, extinguir. A escravidão foi oficialmente extinta nesse dia por meio da Lei Áurea. "Áurea", por sua vez, quer dizer "de ouro" e - por aí - você pode imaginar o valor que se deu a essa lei, com toda a razão. Afinal, o trabalho escravo é uma prática desumana.

Assinado pela princesa Isabel, em 1888, o texto da Lei Áurea é curto e bastante objetivo, como você pode ver a seguir:

"A Princesa Imperial Regente, em Nome de Sua Majestade, o Imperador, o senhor dom Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário."

Quando essa lei passou a vigorar, a escravidão já existia no Brasil há cerca de três séculos. No mundo, o trabalho escravo era empregado desde a Antigüidade. Naquela época, na Europa e na Ásia, basicamente, os escravos eram prisioneiros de guerra ou ainda pessoas que contraíam dívidas muito grandes, sem ter como pagá-las.

As grandes navegações e a escravidão negra
Na Europa, durante a Idade Média, o trabalho escravo praticamente desapareceu. Contudo, na Idade Moderna (séculos 15 a 19), com as grandes navegações e o descobrimento do continente americano, a escravidão voltou a ser largamente utilizada. Era a maneira mais simples e barata que os europeus encontraram de conseguir mão de obra para a agricultura nas terras que colonizaram.

Ao chegarem ao Brasil, no séc. 16, os portugueses primeiramente tentaram escravizar os indígenas, forçando-os a trabalhar em suas lavouras. Os índios, porém, resistiram, seja lutando, seja fugindo para regiões remotas do interior, na selva, onde os brancos não conseguiam capturá-los.

Para Portugal, a solução encontrada foi trazer ao Brasil escravos negros de suas colônias na África. Subjugados à força e trazidos para um país estranho, a imensa maioria dos negros não tinha como resistir à escravidão, embora muitos tenham se refugiado em quilombos e enfrentado os brancos. Foi o caso de Palmares, em Alagoas, que durou cerca de 70 anos.

A Lei do Ventre Livre
Entretanto, no início do século 19, nos países industrializados da Europa, desenvolveu-se uma consciência do caráter cruel e desumano que existia por trás da escravidão. Em 1833, a Inglaterra, que era a maior potência da época, acabou coma escravidão em todas as suas colônias e passou a pressionar outros países a fazerem o mesmo. Sob pressão inglesa, em 1850, foi aprovada no Brasil a lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravos africanos.

Outros fatos ocorreram no panorama mundial nas décadas seguinte: a libertação dos escravos nas colônias de Portugal e da França e também nos Estados Unidos. Eram acontecimentos que pressionavam a Monarquia brasileira a adotar a mesma atitude. No entanto, os proprietários de escravos resistiam a abrir mão do que consideravam seus "bens" ou "propriedades".

Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai (1865-1870), na qual muitos escravos lutaram, os problemas aumentaram, já que muitos ex-combatentes negros não aceitavam mais voltar para sua antiga condição de escravos.

Numa tentativa de resolver a questão, com um jeitinho bem brasileiro, o governo imperial sancionou a Lei do Ventre Livre, em 1871, que tornaria livres, a partir daquela data, todos os filhos de escravos. De acordo com ela, a escravidão acabaria no Brasil em no mínimo 50 anos... É óbvio que os escravos não poderiam esperar todo esse tempo.

Ao longo das décadas de 1870 e 1880, a população brasileira livre - particularmente a dos centros urbanos - começaram a se solidarizar com os escravos e a compreender a necessidade da abolição.Vários políticos e intelectuais passaram a defendê-la. Entre eles encontravam-se nomes de destaque na época, como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças e Luís Gama. Também surgiram muitos jornais e revistas que defendiam o abolicionismo.

Além disso, formaram-se os chamados clubes abolicionistas que arrecadavam fundos para compra de cartas de alforrias - certificados de libertação que podiam ser adquiridos pelos escravos. Em 1885, o Ceará decretou o fim da escravidão em seu território. Fugas em massa começaram a ocorrer no resto do país. Em 1887, o Exército solicitou ser dispensado da tarefa de caçar escravos fugidos.

Em São Paulo, Antônio Bento de Souza e Castro fundou um grupo abolicionista radical, os Caifazes, que organizava rebeliões e fugas em massa. A campanha abolicionista tornou-se um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil e já se unificava com os movimentos republicanos. Então, a situação tornou-se insustentável e o governo, sob a regência da princesa Isabel decidiu agir.

A abolição, contudo, não representou o fim da exploração do negro no Brasil, nem a sua integração - em pé de igualdade - na sociedade brasileira, que ainda tem uma enorme dívida para com os descendentes dos escravos.

Mas o que é pior: apesar das leis e da consciência da maior parte da população mundial, ainda hoje, encontram-se pessoas em várias partes do Brasil e do mundo que trabalham sem receber pagamento, em situação semelhante à da escravidão. De qualquer forma, hoje isso é considerado um crime e quem o pratica, se for pego, recebe a punição que merece.
*Carla Caruso é escritora e pesquisadora, autora do livro "Zumbi, o último herói dos Palmares" (Editora Callis).

sábado, 7 de maio de 2011

ELENICE SOARES, um caso de sucesso

"O INPAR formou meu caráter para o resto da vida"

Elenice Soares de SouzaElenice Soares de Souza nunca deixou de lutar pela realização de seus sonhos. Aos 72 anos ela relembra com carinho do período em que esteve no internato e nos conta como a sua determinação a ajudou a superar os obstáculos após deixar o instituto. Ela se formou em administração aos 42 anos, mesmo período em que cuidava do filho pequeno e trabalhava durante o dia, e casou-se com o companheiro de sete anos aos 70. Inspire-se neste caso de sucesso.

Como você chegou ao INPAR?
Meus pais se casaram na Igreja Presbiteriana de Niterói em 1937. Foi um amigo de trabalho do meu pai que o trouxe para a igreja. Acho que foi aí que ele conheceu o instituto. Ele ficou viúvo muito cedo, com dois bebês para cuidar e precisava de um lugar seguro para me deixar e ir trabalhar.

Do que você recorda com carinho?
Sempre me lembro com emoção de ser pega no colo por Dona Dolores. O carinho dela me é aconchegante até hoje. Eu não conheci minha mãe e fui cuidada por outras pessoas.

O que você aprendeu com o instituto?
O temor ao Senhor, a responsabilidade, o esmero em tudo, o respeito ao próximo, entre outras coisas. O INPAR formou meu caráter para o resto da vida.

O INPAR contribuiu para o seu desenvolvimento profissional?
Sim. Sempre era elogiada em toda tarefa por fazer bem as coisas; tudo era feito com muito capricho. Após sair do INPAR, entrei na segunda série da escola pública. Terminei meu primário e o ginásio. Comecei a trabalhar como recepcionista até chegar ao cargo de
secretária de Gerência. Aprendi inglês e cursei o Científi co na ACM. Depois, Administração de Empresas nas Faculdades Integradas Bennet. Terminei aos 42 anos e fi z um Curso de Administração em Hotelaria na FGV. Após a aposentadoria, ainda fiz o Curso de Cuidadores de Idosos na UERJ.

Qual é a sua projeção para o futuro?
A gente sempre sonha! Já sou "setentona", aposentada e gosto de viajar. Não conheço Portugal, Espanha e França, embora já tenha ido à Europa quatro vezes. Espero conhecer estes países e, principalmente, ser vovó, mas isso não depende de mim.

Fonte: http://www.inpar.org.br/caso_elenice_soares.html

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MORRE OSAMA BIN LADEN




Morre Osama bin Laden, dizem redes de TV
Barack Obama marcou pronunciamento na Casa Branca.
Segundo a CNN, corpo estaria em poder dos Estados Unidos.

A rede de TV CNN afirmou na noite deste domingo (1) que Osama bin Laden, líder da organização terrorista Al-Qaeda, está morto. A informação teria sido confirmada por três fontes norte-americanas e também foi reproduzida pela agência de notícias Reuters.

O presidente Barack Obama deve realizar um pronunciamento na TV dos Estados Unidos para comentar a morte nos próximos instantes. Segundo a CNN, o corpo do terrorista estaria em poder das autoridades dos Estados Unidos.

Ainda de acordo com a emissora, o terrorista teria sido morto em uma mansão nos arredores de Islamabad, no Paquistão.

Procurado há pelo menos dez anos pelos EUA, Bin Laden é considerado o mentor intelectual dos atentados de 11 de Setembro de 2001, que derrubou as Torres Gêmeas em Nova York e deixou cerca de 3.000 mortos.

O terrorista também é conhecido por ataques a alvos norte-americanos na África e no Oriente Médio na década de 1990.
Bin Laden nasceu na Arábia Saudita em 1957, em uma família de mais de 50 irmãos. Ele era filho do magnata da construção Mohamed bin Laden. Seu primeiro casamento foi com uma prima síria aos 17 anos. Acredita-se que ele tenha tido 23 filhos com ao menos cinco esposas.

Financiado pelos Estados Unidos, ele lutou ao lado de rebeldes contra tropas soviéticas no Afeganistão nos anos 80, o que acabou levando à criação da Al-Qaeda.

FONTE: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/morre-osama-bin-laden-dizem-redes-de-tv.html

ACESSO em: 03.05.2011., 00h42min

domingo, 1 de maio de 2011

João Paulo II é beatificado

Em uma cerimônia solene na presença de mais de 1 milhão de pessoas que lotaram a praça de São Pedro, segundo a polícia romana, o Papa Bento XVI proclamou beato o seu antecessor, João Paulo II (1920-2005), neste domingo (1º).

A cerimônia teve início às 10 horas no horário local (5h de Brasília), pelo papa e outros 800 sacerdotes presentes. Com um cálice e mitra que foram usados nos últimos anos de pontificado de João Paulo II e com uma vestimenta que também pertenceu a seu antecessor, Bento XVI abriu a cerimônia com uma saudação em latim, que foi traduzida simultaneamente em espanhol, francês, português, francês, inglês, alemão e polonês pela Rádio Vaticano.

Um cardeal leu um texto sobre a vida do pontífice, morto em 2005, após 27 anos de papado. Foram destacadas virtudes de João Paulo II, como seus dotes intelectuais, morais e espirituais.

Após a leitura, ocorreu o principal momento da cerimônia, em que foi descerrado um retrato de João Paulo II, a partir de então denominado beato. "Concedemos que o venerado servo de Deus João Paulo II, Papa, seja de agora em diante chamado beato", proclamou Bento XVI.

A data escolhida para a veneração do papa foi 22 de outubro, dia da primeira missa do seu pontificado.

Muitos aplausos e gritos de "Santo subito" (Santo já), como no dia do funeral de João Paulo II, foram ouvidos na praça, repleta de pessoas que exibiam bandeiras de muitos países, entre elas a polonesa e a brasileira.

A freira francesa irmã Marie Simon-Pierre Normand - cuja a cura do mal de Parkinson, a mesma doença degenerativa do papa, em junho de 2005, é tida como a primeira graça de João Paulo II- levou ao altar uma ampola contendo sangue do Papa, enquanto outra religiosa que o acompanhou durante o papado, levou algumas de suas relíquias.

O Papa polonês, nomeado Sumo Pontífice em 1978, faleceu em 2 de abril de 2005 aos 84 anos.

A beatificação é a etapa anterior à canonização e aconteceu em tempo recorde.

Desde as primeiras horas da madrugada milhares de fiéis, entre eles poloneses, espanhóis, italianos, franceses e latino-americanos, fizeram fila para entrar no local.

Os primeiros que entraram fizeram-no na adjacente Via da Conciliação e durante a madrugada se abriram as entradas à Praça de São Pedro.

A beatificação de João Paulo II é uma das maiores da história da Igreja, já que, segundo o governador regional de Roma, Giuseppe Pecoraro, assistem mais de um milhão de pessoas.

Também é um evento histórico sem precedentes, já que nos últimos mil anos da Igreja Católica nenhum papa proclamou seu antecessor como beato, como ocorrerá neste domingo.

Vigília

Em uma noite que lembrava as grandes vigílias presididas por João Paulo II, cerca de 200 mil pessoas se reuniram neste sábado no Circo Máximo de Roma para homenagear o papa Karol Wojtyla, que neste domingo será proclamado beato.

"Ele já era santo em vida", afirmou emocionado Joaquín Navarro Valls, o espanhol que durante 22 anos foi seu porta-voz e que neste sábado, ao lado do antigo secretário particular Stanislaw Dziwisz, homenageou Wojtyla junto a dezenas de milhares de fiéis de vários países.

A vigília começou com um vídeo do ano 2000 de João Paulo II durante a Jornada Mundial da Juventude de Roma e prosseguiu com o canto de "Jesus Christ you are my life", interpretado pelo Coro de da Diocese de Roma e da Orquestra do Conservatório de Santa Cecilia

Em seguida, foi feita uma conexão com cinco santuários aos quais o papa era muito ligado: o de Nossa Senhora de Guadalupe, no México; Fátima em Portugal; Lagniewniki na Polônia, Kawekamo-Bugando na Tanzânia e Notre Dame do Líbano.

"Se vê, se sente, o papa está presente", cantaram os milhares de fiéis reunidos no santuário mexicano.

A vigília foi dividida em duas partes. A primeira, a "Celebração da Memória", começou com uma procissão de 30 jovens romanos com tochas que homenagearam a imagem de Maria Salus Populi Romani, a patrona de Roma, presente no ato, seguida pelos discursos de Navarro Valls, Marie Simon Pierre e Dziwisz.

A segunda parte foi a "Celebração dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário", que foram introduzidos por João Paulo II durante seu Pontificado. O rosário foi recitado em conexão direta com os santuários aos quais Wojtyla era relacionado.

Em Guadalupe as orações foram pela esperança e a paz dos povos, em Fátima, pela Igreja; em Lagniewniki, pelos jovens; em Kawekamo-Bugando, pela família; e em Notre Dame do Líbano, pela evangelização.

Fonte:

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/joao-paulo-ii-e-beatificado-diante-de-1-milhao-de-fieis.html Acesso em 01.05.2011., às 22h23min