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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

CELEBRANDO A DIVERSIDADE RACIAL E ÉTNICA




AS DIFERENÇAS DEVEM ENRIQUECER, NÃO NOS ENRAIVECER

O Senhor disse a Josué: “Neste dia começarei a exaltar-te à vista de todo o Israel, para que saibam que estarei contigo como fui com Moisés”. Josué disse: Por este meio saberás que entre vós está o Deus vivo, o qual, sem falta, expulsará de diante de vós os cananeus, os hititas, os heveus, os ferezeus, os girgaseus, os amorreus e os jebuseus.” - Josué 3: 7, 10.

Uau! E os filisteus? E há outros que precisam ser subjugados? Passagens de língua tortuosa como essas são a ruína dos leitores leigos e uma fonte de fascínio para muitos que ouviram essas listas maravilhosas de nomes lidos em uma manhã de domingo. Eles são, é claro, uma interpretação da diversidade étnica do mundo em que os hebreus marcharam sob Josué e são uma “lista de inimigos” que se interpunha entre os filhos de Israel e a Terra Prometida.

Mas a história é muito mais longa. Na pessoa de Jesus, torna-se um desafio para aqueles que se atrevem a afirmar que são “os escolhidos”, cujo futuro é garantido: “Mais tarde, seguiu Jesus a percorrer muitas outras cidades e povoados, ensinando e caminhando em direção a Jerusalém. Foi quando alguém lhe indagou: Senhor, haverão de ser poucos os salvos? E Ele lhes exortou: Esforçai-vos por adentrar pela porta estreita, pois Eu vos asseguro que muitas pessoas procurarão entrar e não conseguirão... Ali haverá grande lamento e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaque e Jacó, bem como todos os profetas no Reino de Deus, mas vós, porém, absolutamente excluídos. Pessoas virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocuparão seus lugares à grande mesa no Reino de Deus”. Lucas 13: 22–30.

Nós não somos cananeus, hititas ou jebuseus, mas todos nós humanos somos parte da incrível mistura de raças, tribos e etnias criadas por Deus. E a verdade é que desfiguramos o trabalho feito pelo nosso Criador, escolhendo lados baseados em nossas identidades tribais, ignorando o fato de que poucos, se é que algum de nós, pode reivindicar qualquer pureza tribal ou étnica absoluta.

A maioria de nós que ousou pesquisar nossa linhagem através do Ancestry.com ou algum outro canal descobriu surpresas. Alguns até chegam ao ponto de decidir que, quando marcarem a caixa nos formulários que indicam sua etnia, eles agora marcarão: “Outros”.

Devemos abordar nossa identidade racial e étnica com muito cuidado, lembrando que muitas vezes usamos esse senso de identidade para dominar os outros que consideramos menos dignos. ISSO É CHAMADO DE “RACISMO”!, e foi usado para justificar a escravidão nos EUA, e ainda está em funcionamento em todas as nações. O escritor e jornalista norte americano Ta-Nehisi Coates, enquadrou a questão na linguagem mais clara quando escreveu: “Race is the child of racism, not the father.” (“A raça é o filho do racismo, não o pai”).

Onde quer que o racismo exista, é sobre poder. Emprega categorias raciais fabricadas que determinam quem será privilegiado, quem será ignorado ou negligenciado e quem será oprimido. Como cristãos que reivindicam o amor universal de Deus em Jesus Cristo, vamos reivindicar ativamente as promessas de um novo céu e de uma nova terra, em que as diferenças tribais, étnicas e raciais proporcionam oportunidades de crescimento e enriquecimento, em vez de instrumentos de conflito e opressão.

Vernon S. Broyles III é voluntário para testemunhas públicas no Escritório da Assembleia Geral da PCUSA.


FONTE:
Presbyterian Misson Agency | Presbyterians Today | 08/02/2019.
https://www.presbyterianmission.org/story/pt-0119-justice/