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sábado, 30 de abril de 2011

AS OSSADAS DOS INCONFIDENTES - Ibram/MinC sepultará, dia 21, no Panteão da Inconfidência, mais três inconfidentes


(Panteon da Inconfidência, MG)

Mais de 200 anos após suas mortes no degredo, na África, três inconfidentes – José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota – ganharão lugar no Panteão do Museu da Inconfidência/Ibram, em Ouro Preto (MG), juntando-se aos outros 13 inconfidentes já sepultados no monumento.

O sepultamento será feito no dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, às 9h30min, com as presenças da presidenta Dilma Rousseff, da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), José do Nascimento Junior, além do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e do diretor do Museu da Inconfidência, Rui Mourão.

Ao todo, 26 nomes estão associados à Inconfidência Mineira e registrados no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. Destes, 13 tiveram seus despojos identificados e estão sepultados no Panteão da Inconfidência. Com os despojos de José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota serão 16 inconfidentes identificados. Os outros 10 têm paradeiro desconhecido. “Tudo o que pudermos acrescentar à história da Inconfidência Mineira é importante, até porque esses personagens deram contribuição efetiva ao movimento”, explicou Rui Mourão.

A identificação das ossadas exigiu anos de estudos e uma parceria entre história e ciência. Com o trabalho de especialistas em odontologia legal da Unicamp, o Museu da Inconfidência – que desde 1980 realizava pesquisas históricas sobre o caso – pôde comprovar que os ossos, repatriados da África para o Brasil nos anos 1930, são mesmo dos três inconfidentes.

Os estudos foram realizados por uma equipe da Unicamp chefiada pelo professor Eduardo Daruge, doutor em odontogia legal. “Através de todas as informações obtidas, e por exames técnicos, posso dizer que temos de 98% a 100% de certeza de que as ossadas são dos três inconfidentes”, afirmou Eduardo Daruge, em coletiva à imprensa realizada no auditório do Ibram, nesta sexta-feira (15/4).

Os inconfidentes

José de Resende Costa (1728-1798) – Era capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila de S. João e fazendeiro em Arraial da Laje, hoje chamado Resende Costa (MG). José de Resende Costa, pai, foi preso em 1789, junto com seu filho de mesmo nome, e condenado à morte com outros inconfidentes. No degredo, foi contador e distribuidor forense até 1798, quando morreu. Seu filho voltou ao Brasil em 1803.

João Dias da Mota (1744 – 1793) – Nasceu em Vila Rica. Foi capitão do Regimento da Cavalaria Auxiliar da Vila de S. João e fazendeiro. Era amigo de Tiradentes. Morreu em setembro de 1793, nove meses após chegar à Vila de Cacheu (Guiné Portuguesa), de uma epidemia que assolou a região.

Domingos Vidal de Barbosa (1761-1793) – Nasceu em Capenduva, de família abastada. Estudou medicina em Bordeaux, na França. Participou de forma discreta na conspiração. Encontrou-se com Thomas Jefferson (então embaixador na França e depois presidente americano) na Europa, quando teria obtido apoio à causa dos inconfidentes.

Os 13 inconfidentes já sepultados no Panteão do Museu da Inconfidência:

Inácio José de Alvarenga Peixoto

Tomaz Antônio Gonzaga

João da Costa Rodrigues

Francisco Antônio de Oliveira Lopes

Salvador Carvalho do Amaral Gurgel

Vitoriano Gonçalves Veloso

Vicente Vieira da Mota

Antônio Oliveira Lopes

José Aires Gomes

Luiz Vaz de Toledo Pisa

Domingos de Abreu Vieira

Francisco de Paula Freire de Andrada

José Álvares Maciel

Histórico

Depois da execução brutal de Tiradentes, único condenado à morte, enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792, os outros inconfidentes foram exilados para Portugal e África. Entre eles estavam os mineiros José de Resende Costa, João Dias da Mota e Domingos Vidal de Barbosa.

Os três foram enviados para Lisboa em junho de 1792. De Portugal, seguiram para o degredo na África — dois para Cabo Verde e outro (João Dias da Mota) para a Vila de Cacheu, Guiné Portuguesa, uma região inóspita onde viviam algumas tribos.

Conforme documentos históricos, Domingos Vidal de Barbosa e João Dias da Mota faleceram logo depois, em 1793. José de Resende Costa, em 1798. De acordo com informações prestadas pelas tribos, os três brasileiros foram enterrados ao lado de uma pequena igreja da vila.

Em 1932, os despojos foram exumados na Vila de Cacheu, a pedido do cônsul brasileiro em Dakar, e identificados como sendo dos três degredados. A identificação, no entanto, baseava-se em informações prestadas por uma indígena, que havia ouvido de seus pais e avós, a história de que naquele local estavam enterrados três brasileiros exilados.

Os restos mortais foram repatriados para o Brasil, ficando no arquivo histórico do Itamaraty, no Rio de Janeiro. Eles foram colocados juntos em uma única urna, em condições precárias.

Em 1936, o presidente Getúlio Vargas assinou decreto determinando o repatriamento dos despojos de todos os inconfidentes mortos nos degredos de Portugal e África. No mesmo ano, as urnas de outros 13 inconfidentes chegaram ao Rio de Janeiro e, pouco depois, foram enviados para Ouro Preto. Em 1942, seria criado o Panteão dos Inconfidentes, para onde foram, então, levados.

As ossadas dos degredados exumados em Cacheu, porém, por motivos desconhecidos, não foram juntadas às demais em Ouro Preto, no Panteão. Elas permaneceram no arquivo do Itamaraty, o que aumentou as dúvidas dos historiadores sobre a identidade dos mortos.

Só em 1992 as ossadas dos três chegaram a Ouro Preto, ficando na Igreja Antonio Dias até que fosse realizada pesquisa sobre sua identidade. Desde 1980, o diretor do Museu, Rui Mourão, e a equipe de pesquisadores da instituição vinham estudando a autenticidade das ossadas.

O diretor do museu solicitou a colaboração científica da equipe do Curso de Pós-Graduação do programa de Odontologia Legal e Deontologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) para examinar as ossadas.

Em junho de 1993, a equipe da Unicamp, chefiada pelo professor-doutor Eduardo Daruge, recebeu o material e começou a separar as peças ósseas. Havia fragmentos de ossos, terra, pedras, pedaços de jornal picado, fios de cabelo e outros materiais. Os materiais foram separados e armazenados.

Analisando cada fragmento de osso pela cor, espessura, relação de continuidade com outras peças encontradas e características anatômicas, a equipe conseguiu separar materiais referentes a três pessoas diferentes.

As peças ósseas de cada um foram submetidas a exames de densitometria óssea, exame radiográfico que mede a densidade dos ossos para indicar a idade do organismo.

No caso dos inconfidentes, havia grande diferença de idade entre eles. Resende Costa nasceu em 1728. João Dias da Mota, em 1744, e Domingos Vidal de Barbosa, em 1761. Os resultados indicados pela densitometria coincidiam com as idades estimadas dos inconfidentes, ao morrer.

Reconstituição facial

Havia uma grande quantidade de fragmentos ósseos pertencentes a um crânio que, pelas suas características anatômicas, deveriam pertencer à porção cefálica de um único indivíduo. As outras duas ossadas possuíam apenas alguns fragmentos ósseos da calota craniana, impossibilitando a sua reconstituição.

A equipe conseguiu reconstruir o crânio com a montagem de mais de 140 fragmentos de ossos. As partes perdidas na terra durante a exumação foram reconstruídas em cera branca esculpida. Após os estudos radiográficos e de densitometria óssea, a equipe concluiu que o crânio pertencia a José de Resende Costa.

Uma tomografia computadorizada possibilitou a reconstituição da imagem do crânio em três dimensões. Com a colaboração da University College London, da Inglaterra, obteve-se a imagem computadorizada da possível face do indivíduo. Para isso, o professor usou um programa especial para reconstituição facial.

A imagem foi comparada à face de um trineto de Resende Costa, e percebeu-se a coincidência de vários caracteres fisionômicos, como tipo facial, forma e disposição da porção nasal, forma e disposição das regiões orbiculares, forma e disposição da região inferior da face e outras características que indicaram grande semelhança entre os dois.

O Museu da Inconfidência

Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Ouro Preto, o museu foi inaugurado em 1944 para preservar, pesquisar e divulgar objetos e documentos relacionados à Inconfidência Mineira. No Museu está o Panteão dos Inconfidentes, monumento criado em 1942. O Panteão tem 14 lápides funerárias, 13 delas ocupadas pelas ossadas dos inconfidentes repatriadas da África e uma vazia, dedicada aos participantes cujos corpos não foram localizados. Nesta lápide serão sepultadas as ossadas de José de Resende Costa, João Dias da Mota e Domingos Vidal de Barbosa. O Museu integra a estrutura do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC).

(Texto: Aline Fonseca, Ascom/Ibram)

Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/2011/04/15/ossadas-de-inconfidentes/

Acesso em 30.04.2011., às 02h18min

INCONFIDÊNCIA MINEIRA

("Tiradentes esquartejado" - Pedro Américo, 1893)


A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista abortada pela Coroa portuguesa em 1789, na então capitania de Minas Gerais, no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.

HISTÓRIA

Antecedentes

Na segunda metade do século XVIII a Coroa portuguesa intensificou o seu controle fiscal sobre a sua colônia na América do Sul, proibindo, em 1785, as atividades fabris e artesanais na Colônia e taxando severamente os produtos vindos da Metrópole. Desde 1783 fora nomeado para governador da capitania de Minas Gerais D. Luís da Cunha Meneses, reputado pela sua arbitrariedade e violência. Somando-se a isto, desde o meado do século as jazidas de ouro em Minas Gerais começavam a se esgotar, fato não compreendido pela Coroa, que instituiu a cobrança da "derrama" na região, uma taxação compulsória em que a população de homens-bons deveria completar o que faltasse da cota imposta por lei de 100 arrobas de ouro (1.500 kg) anuais quando esta não era atingida.

A conjuração

Estes fatos atingiram expressivamente a classe mais abastada de Minas Gerais (proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares) que, descontentes, começaram a se reunir para conspirar. Entre esses descontentes destacavam-se, entre outros, o capitão José de Resende Costa e seu filho José de Resende Costa Filho, os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes, os padres José da Silva e Oliveira Rolim e Carlos Correia de Toledo e Melo, o cônego Luís Vieira da Silva, o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Pisa, o minerador Inácio José de Alvarenga Peixoto e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de "Tiradentes".

A conjuração pretendia eliminar a dominação portuguesa das Minas Gerais e estabelecendo ali um país livre. Não havia a intenção de libertar toda a colônia brasileira, pois naquele momento uma identidade nacional ainda não havia se formado. A forma de governo escolhida foi o estabelecimento de uma República, inspirados pelas ideias iluministas da França e da recente independência norte-americana. Destaque-se que não havia uma intenção clara de libertar os escravos, já que muitos dos participantes do movimento eram detentores dessa mão-de-obra.

Entre outros locais, as reuniões aconteciam em casa de Cláudio Manuel da Costa e de Tomás Antônio Gonzaga, onde se discutiram os planos e as leis para a nova ordem, tendo sido desenhada a bandeira da nova República, – uma bandeira branca com um triângulo e a expressão latina Libertas Quæ Sera Tamen - , cujo dístico foi aproveitado de parte de um verso da primeira écloga de Virgílio e que os poetas inconfidentes interpretaram como "liberdade ainda que tardia".

O governador da capitania de Minas Gerais, Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, Visconde de Barbacena, estava determinado a lançar a derrama, razão pela qual os conspiradores acertaram que a revolução deveria irromper no dia em que fosse decretado o lançamento da mesma. Esperavam que nesse momento, como apoio do povo descontente e da tropa sublevada, o movimento fosse vitorioso.

A conspiração foi desmantelada em 1789, ano da Revolução Francesa. O movimento foi traído por Joaquim Silvério dos Reis, que fez a denúncia para obter perdão de suas dívidas com a Coroa. O Visconde de Barbacena mandou abrir em junho de 1789 a sua Devassa com base nas denúncias de Silvério dos Reis, Basílio de Brito, Malheiro do Lago, Inácio Correia Pamplona, tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Domingos de Abreu Vieira e de Domingos Vidal de Barbosa Laje.

Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade" nas Ordenações Filipinas, Livro V, título 6, e definidas como "traição contra o rei":

"Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa." [Ordenações Filipinas, crime de lesa-majestade]

Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.

Os líderes do movimento foram detidos e enviados para o Rio de Janeiro onde responderam pelo crime de lesa-majestade, materializado em inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Cláudio Manuel da Costa faleceu na prisão, ainda em Vila Rica (hoje Ouro Preto), onde acredita-se que tenha sido assassinado, suspeitando-se, atualmente, que a mando do próprio Governador. Durante o inquérito judicial, todos negaram a sua participação no movimento, menos o alferes Joaquim José da Silva Xavier, que assumiu a responsabilidade de chefia do movimento.

Em 18 de Abril de 1792 foi lida a sentença no Rio de Janeiro. Doze dos inconfidentes foram condenados à morte. Mas, em audiência no dia seguinte, foi lido decreto de D. Maria I pelo qual todos, à exceção de Tiradentes, tiveram a pena comutada para degredo em colônias portuguesas na África.

Consequências

A Inconfidência Mineira transformou-se em símbolo máximo de resistência para os mineiros, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos, e da Revolução Constitucionalista de 1932 para os paulistas. A Bandeira idealizada pelos inconfidentes foi adotada por Minas Gerais.

A execução de Tiradentes e exposição pública do seu corpo

Tiradentes, o conjurado de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento, sendo a sentença executada publicamente a 21 de abril de 1792 no Campo da Lampadosa. Outros inconfidentes haviam sido condenados à morte, mas tiveram suas penas reduzidas para degredo, na segunda sentença. A casa onde ele viveu foi destruída.

Após a execução, o corpo foi levado em uma carreta do Exército para a Casa do Trem (hoje parte do Museu Histórico Nacional), onde foi esquartejado. O tronco do corpo foi entregue à Santa Casa de Misericórdia, sendo enterrado como indigente. A cabeça e os quatro pedaços do corpo foram salgados, para não apodrecerem rapidamente, acondicionados em sacos de couro e enviados para as Minas Gerais, sendo pregados em pontos do Caminho Novo onde Tiradentes pregou suas idéias revolucionárias. A cabeça foi exposta em Vila Rica (atual Ouro Preto), no alto de um poste defronte à sede do governo. O castigo era exemplar, a fim de dissuadir qualquer outra tentativa de questionamento do poder da metrópole.

Tiradentes, ao contrário do que se pensa, não tinha barba e cabelos longos quando foi enforcado, na prisão, onde ficou por algum tempo antes de cumprir sua pena, teve o cabelo e barba raspados para evitar a proliferação de piolhos, a própria posição de alfere não permitia tal aparência. Após a decapitação e exposição pública, a cabeça de Tiradentes foi furtada, sendo o seu paradeiro desconhecido até os dias de hoje.

Foi alçado posteriormente, pela República Brasileira, à condição de um dos maiores mártires da independência do Brasil e como um dos precursores da República no país.

A bandeira

A bandeira da Inconfidência Mineira tinha, originalmente, o triângulo verde porém a bandeira que virou símbolo do movimento e atualmente é a bandeira oficial do estado de Minas Gerais tem o triângulo vermelho.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inconfid%C3%AAncia_Mineira

Acesso em 30.04.2011., às 02h15min

quarta-feira, 6 de abril de 2011

APRENDIZ DA VIDA


Um dia desses, na sala de espera de um consultório médico, percebi, solta entre as revistas, uma folha de papel.

A curiosidade fez com que a tomasse para ler o conteúdo. Era uma bela mensagem
que alguém havia escrito. O título, interessante e curioso:

“Aprendi”... e dizia o seguinte:

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Aprendi que posso usar meu charme por apenas 5 minutos... depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Aprendi que por mais que se corte um pão, cada fatia continua tendo duas faces... e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser... e devo ter paciência.

Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu própria coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Aprendi... Que os heróis são pessoas que fazem o que devem fazer “naquele” momento, independentemente do medo que sentem.

Aprendi que perdoar exige muita prática e que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue demonstrá-lo.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso. Tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Aprendi e repasso ao mundo, que jamais posso dizer a uma criança que seus SONHOS SÃO IMPOSSÍVEIS, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando... E que eu tenho que me acostumar com isso.

Aprendi que não é o bastante ser perdoado pelos outros... eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.

Aprendi que, numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver.

Aprendi que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem, não significa que elas se amem.

Aprendi que, por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável nem mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito a aprender em minha vida.