162 ANOS DA CHEGADA AO RIO DE JANEIRO (BRASIL) DO REV. ASHBEL GREEN SIMONTON
Diferente do que se apregoa, hoje, 12 DE AGOSTO, não é o Dia do Presbiterianismo Nacional e sim o dia da chegada de um jovem missionário estadunidense chamado Reverendo Ashbel Green Simonton, ao Rio de Janeiro, Brasil.
O DIA DO PRESBITERIANISMO NACIONAL, deve ser o dia da fundação da PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL, que é a Igreja Presbiteriana do Brasil, organizada em 12 de janeiro de 1862. Hoje localizada na Rua Silva Jardim, 23, Centro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Vamos conhecer um pouco da HISTÓRIA desse jovem Pastor-Missionário, Rev. Ashbel Green Simonton.
Ashbel Green
Simonton nasceu em 20/03/1833, em West Hanover, Condado de Dauphin, na Pensylvania,
EUA. Filho de William Simonton, Jr (1788-1846) e Martha Davis Snodgrass
(1791-1862). O casal teve onze filhos. John e James, morreram na infância. Os
outros nove chegaram a idade adulta. A. G. Simonton foi o nono filho do casal.
Seus irmãos foram: Jane (1818-1886), William (1820-1908), Elizabeth Wiggins
(1822-1879), Anna Mary (1824-1852), John Wiggins (1826-1903), James Snodgrass
(1829-1921)[1] e
Thomas Davis (1833-1907). A família morou na fazenda “Antigua”.
Os avós paternos de Simonton eram: William Simonton (1755-1800),
irlandês-escocês[2], e
Jane Wiggins (1754-1824), americana, de origem irlandesa-escocesa. Seus avós
maternos eram: Rev. James Snodgrass (1763-1846), americano também de origem
irlandesa-escocesa, e Martha (Davis) Snodgrass (1760-1828), americana de
nascimento e origem étnica não registrada.[3]
Foi batizado em 14/06/1833, na Presbyterian
Church of Derry, Hershey, PA, pelo Rev. James Russell Sharon (1775-1843).
O pequeno A. G. Simonton, em
Hershey, iniciou os seus estudos na Oak
Hall School.
Com a morte do pai e do avô materno,
ambos em 1846, a família vai residir em Harrisburg, cidade em que Simonton
concluiu os estudos secundários na Harrisburg
Academy, em 1847. Em 1849, ingressou no College
of New Jersey, Princeton, NJ, tendo se formado em 1852.
No outono deste ano, ele lecionou em uma escola para meninos, entre 1852
e 1854, na cidade de Starkville,
Mississippi. Retornando para Harrisburg em julho de 1854, pensou em estudar
Direito.
Fez a sua Profissão de fé em 06/05/1855, na English Presbyterian Congregation, Harrisburg, PA, sob a ministração do Rev. William Radcliffe DeWitt (1792-1867).
Impactado pelos reflexos do “Segundo Grande Despertar”, Simonton decide
ingressar no Theological Seminary at
Princetonn, em maio de 1855, tendo antes tomado algumas lições de hebraico.
No ano seguinte, juntamente com o
irmão Thomas, foi para Iowa, ser Colportor da Presbyterian Board of Publication.
Em outubro de 1856, ele participou
da reunião anual da American Board of
Commissioners for Foreign Missions - ABCFM, em Newark, NJ. No século XIX, a
ABCFM, foi a maior e mais importante
das organizações missionárias americanas e era formada por igrejas de tradições
reformadas, como Presbiterianos, Congregacionalistas e Igrejas Reformadas
Alemãs. Nessa reunião, onde se enfatizava uma vida de oração, debates e louvor,
despertou e intensificou o seu ardor missionário. No entanto, ele esperou
concluir o seu curso teológico para, enfim, ingressar nas missões.[4]
Ele foi licenciado pelo Presbitério
de Carlisle (Sínodo de Albany), em 14/04/1858, algumas semanas antes de sua
formatura no Seminário.
A princípio ele pensou em ser
missionário em Bogotá, Colômbia (América Latina), entretanto ao candidatar-se
no Board of Foreign Missions of the
Presbyterian Church in the USA (PCUSA), ele escolheu o Brasil como campo
missionário. Em 06/12/1858, ele é oficialmente nomeado Missionário.
Em 14/04/1859, ele é ordenado ao
Sagrado Ministério pelo Presbitério de Carlisle, no templo da Igreja Reformada
Alemã, em Harrisburg, PA. O Sermão de prova baseou-se no texto de Atos 16.9.
Quem pregou na sua ordenação, foi seu tio, Rev. William Davis Snodgrass (1796-1886), baseado no texto de Apocalipse
14. 6. O Rev. Thomas Creigh
(1808-1880), fez uma oração pelo trabalho missionário que o Rev. A. G. Simonton
iria iniciar.
Em 18/06/1859, o jovem missionário
com 26 anos de idade e solteiro embarca no navio “Banshee”, Capitão Kane, no porto de Baltimore, Maryland, rumo ao
Rio de Janeiro e em 12/08/1859, ele desembarcava no Rio de Janeiro, Brasil.
A sua chegada ao Rio de Janeiro, é registrada em seu Diário da seguinte forma:
"Sexta-feira, 12 de agosto de 1859, 9:30 da manhã. Estou acordado desde as quatro da manhã observando as manobras para adentrar o porto contra o vento e a maré. É um lugar lindo, o mais singular e impressionante que jamais vi. Nunca teria imaginado tal porto, com beleza sublime, protegido de ventos e ondas, e capaz de defesa contra ataques de mar ou de terra. Está em uma baía rodeada de curiosas ilhas de pedra, altas e sólidas. Algumas parecem ovos flutuando na água com uma das pontas para cima; outras, a outra ponta. Nos topos de algumas, igrejas ou casas de lazer se equilibram. Uma dessas casas parece ninho de ave em cima de uma torre de igreja, a quase 1.100 pés de altura. A entrada do porto tem somente meia milha de largura; de um lado há um arrojado promontório, sobre o qual está a Fortaleza de Santa Cruz, com pesados canhões protegendo as muralhas; do outro lado alteia-se o Pão de Açúcar a uma altura de 1.200 pés. Estamos ainda na entrada do porto, mudando de curso a cada minuto, ora na direção do forte, ora chegando a pequena distância do Pão de Açúcar. A água é tão profunda que a única preocupação dos navegantes é não quebrar o mastro horizontal da proa batendo de um ou outro lado. A cidade está a cerca de duas milhas, sobre uma grande extensão de vales e montanhas; brilha ao sol com suas paredes caiadas de branco. Fazendo fundo para essa linda pintura, há uma cadeia de morros altos e montanhas. Desfiz-me de minha roupa de viagem, dando-a ao cabineiro em agradecimento pelos serviços que me prestou durante a jornada. Estou pronto para desembarcar".
Entrada da Baía da Guanabara. Anônimo. s/d.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, o Rev. A. G. Simonton não sabia falar português, então, iniciou a proferir suas mensagem em inglês em navios aportados no Rio de Janeiro. Para aprender a língua portuguesa dava aula de hebraico em troca de aprender o português, onde foi bem sucedido.
Logo que possível, entra em contato com o Rev. Robert Reid Kalley (1809-1888), missionário escocês de origem presbiteriana, que havia chegado ao Brasil em 1855 e foi residir em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, onde, em sua residência iniciou aulas de Escola Bíblica Dominical e posteriormente fundou a Igreja Evangélica Fluminense, na capital do Rio de Janeiro em 11 de julho de 1858.
Falando, escrevendo e compreendendo a língua portuguesa, em 22 de abril de 1860, dirige o primeiro culto em português. Tempos depois aluga uma sala na Rua de São Pedro (hoje inexistente no Centro do Rio de Janeiro, pois foi destruída para a construção da Av. Presidente Vargas) onde lecionava inglês, aos que desejassem aprender, além de vender Bíblias.
Entre dezembro de 1860 e março de 1861, viajou para a Província de São Paulo onde conheceu algumas cidades, outros protestantes, visitou ingleses e alemães, conheceu alguns sacerdotes católicos romanos, proferiu alguns sermões e estabeleceu um depósito de Bíblias.
Em 19 de maio de 1861, iniciou no Rio de Janeiro uma classe de Escola Bíblica Dominical, aos domingos, na parte da tarde, agora na Rua Nova do Ouvidor, 31. Nos domingos, pela manhã, celebrava cultos em inglês e as quintas-feiras em português, mas logo depois os cultos dominicais passaram a ser celebrados em português.
No mapa, vemos a marcação na cor verde na extensão da Rua Nova do Ouvidor (atual Travessa do Ouvidor) e o retângulo, também na cor verde, marcando o nº 31. O sobrado era de propriedade do Dr. Francisco Ferreira de Siqueira. O sobrado não existe mais. O terreno foi remembrado com outros e hoje forma o nº 31-A
Em 12/01/1862, na Rua Nova do Ouvidor, 31 (atual Travesa do Ouvidor), foi organizada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, a primeira Igreja Presbiteriana organizada no Brasil pelo missionário Rev. A. G. Simonton. Nesse dia foram recebidos como membros da novel igreja os senhores: Henry E. Milford, norte americano (recebido por Profissão de Fé) e Camillo Cardoso de Jesus (recebido por Profissão de Fé e Batismo) (que depois mudou o nome para Camillo José Cardoso), natural de Portugal e Proclamou o Rev. A. G. Simonton: "... assim, organizamo-nos Igreja de Jesus Cristo no Brasil". Foi celebrada pela primeira vez a Santa Ceia (Eucaristia). O culto foi celebrado em português e inglês.
Nesse período tínhamos apenas 03 (três) missionários: O Rev. A. G. Simonton, que desembarcou no Rio de Janeiro em 12/08/1859; o Rev. Alexander Latimer Blackford (1829-1890), que desembarcou no Rio de Janeiro em 25/07/1860; e, o Rev. Francis Joseph Christopher Schneider (1832-1910), desembarcando no Rio de Janeiro em 07/12/1861. O Médico George Whitehill Chamberlain (1839-1902) veio dos EUA para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 21/07/1862, trazendo uma carta de recomendação para o Rev. A. L. Blackford. O jovem G. W. Chamberlain não veio com o intuito de ser missionário, mas por recomendação médica, por conta de enfermidade nos olhos. Entretanto o jovem de 23 anos de idade se interessou pelo trabalho evangelístico e posteriormente cursou teologia nos EUA, regressou ao Brasil e foi ordenado pastor pelo Presbitério do Rio de Janeiro em 08/07/1866. Ele, juntamente com a esposa Mary Ann Annesley Chamberlain (1840-1930), fundaram na sala de sua residência em São Paulo a “Escola Americana”, gérmen do Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Campo de Santana, 49, onde em 1867, a Igreja passou a se reunir.
Em março de 1862, o Rev. A. G. Simonton retorna aos EUA e em 19/03/1863
casa-se com Helen Murdoch
(1834-1864), na First Presbyterian Church
of Baltimore, Maryland, em cerimônia realizada pelo Rev. John Chester Backus (1810-1884). Depois
o casal retornou ao Brasil desembarcando no Rio de Janeiro em 16/07/1863. Em
19/06/1864, nasce a primeira e única filha do casal, Helen Simonton (1864-1952). Nove dias depois, em 28/06/1864, devido
complicações no parto, Helen Murdoch faleceu. Ela foi sepultada no Cemitério
dos Ingleses do Rio de Janeiro.[5]
Rev. A. G. Simonton e sua filha Helen
Em 1865, mais duas igrejas são
organizadas: a Igreja Presbiteriana de São Paulo, em 05/03/1865 e a Igreja
Presbiteriana de Brotas, SP, em 13/11/1865.
Nesse mesmo ano, em 16/12/1865, foi
organizado o primeiro concílio presbiteriano do Brasil, o Presbitério do Rio de
Janeiro – PRJN. Embora tenha recebido esse nome, ele foi organizado na
residência do Rev. A. L. Blackford, localizada na Rua Nova de São José, 01
(atual Rua Líbero Badaró), nas imediações do Largo de São Bento, São Paulo, SP.
Era um sábado, 3 horas da tarde. No dia seguinte, em 17/12/1865, o ex-Padre, José Manoel da Conceição (1822-1873),
foi ordenado o primeiro pastor presbiteriano brasileiro do Brasil e do PRJN.
Em 1867, o Rev. A. G. Simonton voltou a residir no centro do Rio de
Janeiro, estabeleceu-se na Rua dos Inválidos, 56. Os níveis de salubridade
local não eram os mais adequados, os amigos o advertiram sobre os perigos de
febre amarela naquela região, todavia Simonton insistiu em permanecer naquela
moradia. Ali, em dado momento, sua saúde começou a apresentar problemas e foi
se agravando.
Na última reunião do Presbitério do Rio de Janeiro em que Simonton
participou ele leu um trabalho intitulado “Os
meios necessários e próprios para plantar o reino de Jesus Cristo no Brasil”,
publicado em 16/07/1867.[6]
Meses depois seguiu para o Estado de São Paulo, chegando em 27/11/1867;
ele queria ver sua filha Helen Simonton
(1864-1952), que estava sob os cuidados de sua irmã Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879), esposa do Rev. A. L. Blackford.
São Paulo era uma cidade de clima mais ameno, mais agradável do que o Rio
de Janeiro de altas temperaturas e uma cidade um tanto quanto insalubre. Como
seu estado de saúde já apresentava alguns sinais de fragilidade ele aproveitou
essa viagem para ver a filha e descansar um pouco.
As semanas que se sucederam, após a sua chegada em São Paulo, foram de
altas e baixas. O médico o visitou, receitou e ele teve melhoras e pioras. Sua
irmã Elizabeth, aproveitando o dia em que ele estava razoavelmente bem e
percebendo que ele não resistiria, perguntou-lhe:
- Tem algum recado para os
amigos nos Estados Unidos?
- Nada de especial.
Diga-lhes que os amei até o fim.
- Alguma mensagem para o
Board?
- Diga-lhes que toquem para
frente o trabalho.
- E a Igreja do Rio; que
falta vai fazer!
- Deus levantará outro para
por no meu lugar. Ele fará sua própria obra com seus próprios instrumentos.
Devemos apenas nos recostar nos Braços Eternos e estar sossegados.[7]
No dia seguinte perguntaram-lhe que dia era. Ele respondeu: “É domingo”.[8] O
Rev. A. L. Blackford leu um salmo, um membro da Igreja Presbiteriana de São
Paulo presente naquele momento orou e só...
O Rev. A. G. Simonton faleceu prematuramente em 09/12/1867, antes de
completar 35 anos de idade, na casa de seu cunhado, Rev. A. L. Blackford, à Rua
Nova de São José, na capital do Estado de São Paulo, vítima de febre biliosa,
mais conhecida como febre amarela, uma doença que assolava o Rio de Janeiro
todos os anos, ceifando milhares de vidas. É provável que ele tenha saído do
Rio de Janeiro já com a moléstia. Foi sepultado no jazigo nº 1 do Cemitério dos
Protestantes, no bairro da Consolação, na Capital do Estado de São Paulo, hoje
administrado pela Associação Cemitério dos Protestantes - ACEMPRO.
Lápide no Cemitério dos Protestantes em São Paulo do Rev. Ashbel Green Simonton
Por sua instrumentalidade 80 (oitenta) pessoas haviam feito sua pública profissão de fé. Deixou manuscritos muitos sermões que mais tarde, após a sua morte, foram publicados pelos seus irmãos sob o título de “Sermões Escolhidos”; escreveu um “Comentário bíblico sobre o livro de Mateus”; traduziu o “Breve Catecismo”; um folheto intitulado “Os meios necessários e próprios para plantar o reino de Jesus Cristo no Brasil”; dentre outros. A Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro possuía uma Escola Evangélica ou Paroquial ou Presbiteriana, como a chamavam, funcionando nas dependências do local onde a Igreja se reunia, com 70 (setenta) alunos; um Seminário, o “Primitivo”, com 04 (quatro) alunos; o jornal “Imprensa Evangélica"; pontos de pregação em Lagoinha (em Santa Teresa), Ponta do Caju (atual bairro do Caju) e outros.
Merece que se faça um registro especial sobre Helen Simonton, filha do
Rev. A. G. Simonton. Com a morte da mãe, o Rev. A. G. Simonton criou a menina
sozinho por alguns meses. No dia 21/11/1864, ele envia a pequena Helen para São
Paulo, afim de ser criada por sua irmã Elizabeth e seu cunhado Rev. A. L.
Blackford. O Rev. A. G. Simonton, visitou-a em São Paulo algumas vezes, mas a
última visita ocorreu em novembro e dezembro de 1867, quando faleceu. A pequena
ficou no Brasil por quatro anos. Em 1868, quando o casal Blackford foi, em
férias, para os EUA, levou a pequena Helen e a entregou aos cuidados da família
Murdoch. Helen Simonton, a filha, passou a frequentar a igreja de sua mãe, a
First Presbyterian of Baltimore, em Maryland, até a sua morte. Faleceu aos 88
anos, em 07/01/1952, solteira e sem filhos. Está sepultada no Cemitério de
Greenmount, Baltimore, Maryland, EUA.
Helen Murdoch Simonton, filha (1864-1952)
Lápide do túmulo de Helen Murdoch Simonton, no Cemitério de Greenmount, Baltimore, Maryland, EUA
Sua determinação e confiança em Deus foram decisivos para a obra
missionária no Brasil. Quando Simonton decidiu enviar sua proposta como
missionário da Junta de Missões Estrangeiras, orou da seguinte forma: “A ti,
ó Deus, confio meus caminhos na certeza de que o Senhor dirigirá meus passos.”[9]
[1] Necrological Reports and Annual proceedings of the
Alumni Association of Princeton Theological Seminary. Volume V. 1920-1929. New
Jersey: 1929, p. 154.
[2] O termo “Scots-Irish”, ou “irlandês-escocês”
refere-se às pessoas nascidas na Irlanda, de origem escocesa e religião
protestante, enviadas pelos diversos monarcas ingleses como colonos à região do
Ulster (atual Irlanda do Norte), de modo a reduzir a resistência étnica da
população irlandesa nativa. O Ulster foi a última região a aceitar o controle
inglês, e a colonização com escoceses protestantes no século XVII diminuiu a
resistência dos irlandeses nativos, que ferrenhamente aderiam ao catolicismo
romano. Os conflitos contemporâneos entre “católicos” e “protestantes” na
Irlanda do Norte referem-se basicamente a essa divisão étnica de séculos
anteriores. Ao longo dos séculos, irlandeses nativos (gaélicos), de religião
católica romana e irlandeses-escoceses, geralmente presbiterianos ou
episcopais, emigraram em levas para os Estados Unidos. Os ancestrais do Rev.
Ashbell Green Simonton chegaram em terras americanas no decorrer do século XVIII.
[3] SIMONTON, William. Family History. Genealogical, Historical and Biographical of the
Simonton and Related Families. St. Paul: Webb Publishing Company, 1900.
[4] SIMONTON, William. Family History. Genealogical, Historical and Biographical of the Simonton
and Related Families. St. Paul: Webb Publishing Company, 1900, p. 75 e 76.
[5] Em 2011, o Diác. Nelson de Paula Pereira localiza o
jazigo de Helen e o corpo de Helen Murdoch é exumado e seus restos mortais são
levados em uma urna de madeira fechada, para o Museu da Catedral Presbiteriana
do Rio de Janeiro, onde encontra-se em exposição.
[6] SIMONTON, Ashbel Green. Simonton. Os meios necessários e próprios para plantar
o reino de Jesus Cristo no Brasil. Rio de Janeiro: Sínodo do Rio de
Janeiro, 1994.
[7] FERREIRA, Júlio Andrade. História da Igreja Presbiteriana do Brasil. Casa Editora
Presbiteriana- CEP: São Paulo, 1992, Volume 1, p. 84.
[8] FERREIRA, Júlio Andrade. História da Igreja Presbiteriana do Brasil. Casa Editora
Presbiteriana- CEP: São Paulo, 1992, Volume 1, p. 84.
[9] SIMONTON, Ashbel Green. Diário. Casa Editora Presbiteriana: São Paulo, 1982, p 125.
[10] MATOS, Alderi Souza de. Os pioneiros. Presbiterianos do Brasil (1859-1900). Missionários, Pastores e Leigos do Século 19. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004, p. 525 a 533.