12 de agosto de 1859
Essa é data do desembarque do missionário norte americano, Rev. Ashbel Green Simonton, com apenas 26 anos de idade e solteiro.
o Rev. Simonton foi enviado pelo Board of Foreign Missions of the Presbyterian Church United States – PCUSA para implantar o presbiterianismo no Brasil.
O Rev. Simonton nas ceu em 20 de janeiro de 1833,em West Hanover, Condado de Dauphin, Pensilvânia, EUA.
Do origem escocesa-irlandesa, filho de William Simonton e Martha Davis Snosgrass. Estudou na Academia de Harrisburg e no Colégio de Nova Jersey. Formou-se no magistério e lecionou em Starkville, Estado de Mississipi. Em junho de 1855 ingressou no Seminário de Princeton. Licenciado pelo Presbitério de Carlisle em 14 de abril de 1858 e ordenado em 14 de abril de 1859. Em 18 de junho de 1859 embarca para o Brasil chegando em 12 de agosto de 1859.
Organizou a primeira Igreja Presbiteriana no Brasil, a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1862. Casou-se com Helen Murdoch em 19 de março de 1863 quando esteve nos EUA. Em 28 de junho de 1864 Helen faleceu de complicaões no parto, mas a menina sobreviveu e o Rev. Simonton deu-lhe o nome da esposa e mãe da menina - Helen.
Outras Igrejas seriam organizadas em seu período aqui no Brasil, a Igreja Presbiteriana de São Paulo (hoje Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo) , em 05 de março de 1865 e a Igreja Presbiteriana de Brotas, em 13 de novembro de 1865.
Em 16 de dezembro de 1865 fez parta da organização do Presbitério do Rio de Janeiro.
Faleceu prematuramente em 09 de dezembro de 1867, antes de completar 35 anos de idade, na casa de seu cunhado Rev. Alexander Latimer Blackford, à Rua Nova de São José, na capital do Estado de São Paulo, vítima de febre biliosa, mais conhecida como febre amarela, uma doença que assolava o Rio de Janeiro todos os anos, ceifando milhares de vidas. É provável que ele tenha saído do Rio de Janeiro já com a moléstia. Foi sepultado no jazigo nº 1 do Cemitério dos Protestantes, no bairro da Consolação, na Capital do Estado de São Paulo, hoje administrado pela Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Por sua instrumentalidade 80 (oitenta) pessoas haviam feito sua pública profissão de fé. Deixou manuscritos muitos sermões que mais tarde, após a sua morte, foram publicados pelos seus irmãos sob o título de “Sermões Escolhidos”; escreveu um “Comentário bíblico sobre o livro de Mateus”; traduziu o “Breve Catecismo”; um folheto intitulado “Os meios necessários e próprios para plantar o reino de Jesus Cristo no Brasil”; dentre outros. A Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro possuía uma Escola Evangélica, ou Paroquial, ou Presbiteriana funcionando nas dependências do local onde a Igreja se reunia, com 70 (setenta) alunos; um Seminário o “Primitivo”, com 04 (quatro) alunos; o jornal “Imprensa Evangélica"; pontos de pregação em Lagoinha (em Santa Teresa), Ponta do Caju (atual bairro do Caju) e outros.
Merece um registro especial que Helen Murdoch Simonton, filha do Rev. Simonton morreu aos 88 anos, em 07.01.1952, solteira e sem filhos.
Sua determinação e confiança em Deus foram decisivos para a obra missionária no Brasil. Quando Simonton decidiu enviar sua proposta como missionário da Junta de Missões Estrangeiras, orou da seguinte forma: “A ti, ó Deus, confio meus caminhos na certeza de que o Senhor dirigirá meus passos”.
Após a morte do Rev. Simonton, o Rev. Blackford Pastor Efetivo da Igreja do Rio retorna de São Paulo para assumir o pastorado da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
Nessa ocasião a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro se reunia no Campo de Santana, esquina com a Rua do Conde (atual Rua Frei Caneca) e estava sob os cuidados Pastorais do Rev. Francis Joseph Christopher Schneider, Co-Pastor da Igreja. A Igreja ficou pouquíssimo tempo nesse local. Rev. Schneider foi eleito Co-Pastor juntamente com o Rev. Simonton, também Co-Pastor e o Rev. Blackford eleito Pastor Efetivo, em eleição realizada em 15.05.1863 entre os membros da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
Prof. Nelson de Paula Pereira