Há muitos
anos, numa das disputas com a minha esposa, a quem pretendo amar, disse-lhe:
"Você me irrita". Ela respondeu-me: "O amor é paciente. Não se
irrita". Fiquei pensando.
Mais
recentemente ela pediu-me para amá-la como ela é. Sentindo a dificuldade desta
tarefa fiz esta oração.
Falamos do
amor sempre em termos de prazer e deleite. O amor tem, para mim pecador, as
suas dores. Dores da paciência. Dores da renúncia. Lembro-me da "porta
estreita e do caminho apertado da salvação" dos quais nos fala Jesus.
Seria isto? Fala-nos também do "negar-se a si mesmo". Acho que iria
embora (a porta, às vezes, parece-me estreita demais e o caminho muito
apertado), se não pensasse como Pedro: "Senhor, para quem iremos? Tu tens
as palavras da vida eterna".
O Amor – Uma oração
Oh Deus!
Criador do céu e da terra.
Cordeiro manso e humilde,
Que tira o pecado do mundo.
Leão da tribo de Judá,
Pleno de poder, glória e
majestade.
Meu Salvador.
Dá-me um coração capaz de amar o
indigno,
Como fizeste comigo.
Amar desejando-lhe o bem,
Amar fazendo-lhe o bem.
Amar como ele é, para que sejamos
como tu és.
Amar sofrendo,
Amar morrendo,
Pois a semente que morre produz a
vida.
Socorre,
Pela tua graça e misericórdia,
Esta alma sedenta e estéril.
Para amar o indigno tão somente
pela preciosidade do amor.
Amar sofrendo,
Amar morrendo,
Pois a semente que morre produz a
vida.
Do seu interior farás fruir rios
da água da vida.
Enquanto que aquele que
pretensiosamente se afirma,
Permanece estéril, seca e morre.
A minha alma tem sede de Deus,
Do Deus vivo.
Zwinglio de Andrade Costa
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