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quarta-feira, 31 de março de 2010

FITA AMARELA - Noel Rosa


Quero que o sol
não invada meu caixão
para a minha pobre alma
não morrer de insolação

Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela

Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome

Se existe alma
Se há outra encarnação
Eu queria que a mulata
Sapateasse no meu caixão
Não quero flores
Nem coroa com espinho
Só quero choro de flauta
Violão e cavaquinho

Fico contente,
Consolado por saber
Que as morenas tão formosas
A terra um dia há de comer.
Não tenho herdeiros
Não possuo um só vintém
Eu vivi devendo a todos
Mas não paguei a ninguém

Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela

Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome

Meus inimigos
Que hoje falam mal de mim
vão dizer que nunca vira
uma pessoa tão boa assim

Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela.

quarta-feira, 24 de março de 2010

BEM VINDA FELICIDADE! (não terminei ainda)


És o sol a despontar no meu céu nebuloso,
Flor que desabrocha em meio ao deserto da minha vida,
Água a saciar a minha sede.

És alegria em meio a tristeza,
Renovação de uma esperança perdida,
Sorriso de um coração desesperançoso.

És companhia que chega em minha solidão,
Paz na aflição,
Choro de felicidade.

Recebo você com AMOR FESTA DEVOÇÃO,
Moto desse sentimento.
Você é a chegada de uma longa espera que parecia não ter fim.
Você É, ÉS, ED serás.

Nelson de Paula
(15.03.2010.)

sábado, 20 de março de 2010

CASE-SE COMIGO - Liminha e Vanessa da Matta

Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não pareça tão bom pedido
Antes que eu padeça
Case comigo
Quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde e seja um pouco mais assim
Meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido
Meu príncipe, meu hóspede, meu marido

Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não me pareça tão bom partido
Case-se comigo
Antes que eu padeça
Case comigo
Eu quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde e seja um pouco mais assim

Meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido
Meu príncipe, meu hóspede, meu marido

Seja meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido
Meu príncipe, meu hóspede, meu marido

PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO LEMBREI DE FLORES


Maria Bethânia Vianna Telles Veloso, irmã do compositor e cantor Caetano Veloso, nasceu no dia 18 de Junho de 1946 em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Desde a infância gostava de cantar, imitando os artistas que ouvia no rádio e sabia que seu destino era o palco. Sonhava em ser bailarina e queria também subir aos palcos como atriz, não estava nos seus planos ainda fazer do canto a sua profissão. Sua estréia no palco estava mais próxima que ela mesmo pensava.

DÉCADA DE 60

Pela primeira vez subiu ao palco para cantar em público um samba de Ataulfo Alves na peça "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues. Neste mesmo ano, Bethânia e seu irmão, companheiro inseparável, conheceram Gilberto Gil, Tom Zé e Gal Costa e juntos, resolveram fazer um show de música. Em 1964 o espetáculo "Nós por Exemplo" inaugurou o Teatro Vila Velha, marcando a estréia dos baianos, que ainda naquele mesmo ano apresentaram-se juntos em "Nossa Bossa Velha e Velha Bossa Nova", no mesmo teatro.

Depois dos clássicos, o Arena passou à fase dos musicais. Já às segundas-feiras era hábito apresentar cantores e músicos sob a denominação de "Bossa Arena". Em co-produção com o Grupo Opinião do Rio de Janeiro, foi apresentado o espetáculo Opinião, de grande êxito com a participação de Nara Leão, Zé Keti, João do Vale e Bethânia, com apenas 19 anos. Bethânia foi convidada para substituir Nara Leão neste espetáculo. A estréia foi um sucesso, principalmente pela interpretação agressiva e áspera de "Carcará", que a lançou como cantora de protesto, repetindo-se o êxito em São Paulo quando o Opinião foi apresentado no Teatro Ruth Escobar. Houve também o "Arena canta Bahia", com Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Piti e Caetano Veloso, e "Tempo de Guerra", com Maria Bethânia.

Esse novo caminho, trazendo para o palco determinados valores da música notadamente brasileira, e elaborado em comum pelo grupo, é explicado por Armando Costa, Oduvaldo Viana Filho e Paulo Pontes, no programa Opinião: "O espetáculo é uma tentativa de colaborar na busca de saídas para o problema do repertório do teatro brasileiro que está entalado - atravessando a crise geral que sofre o país e uma crise particular que, embora agravada pela situação geral, tem, é claro, seus aspectos específicos. O teatro brasileiro tinha uma tradição de teatro de autor. A criação de um repertório ajustado às solicitações e inquietações do público.

Em maio de 1965 gravou seu primeiro disco em que cantava "Carcará" e "É de manhã" de Caetano Veloso, tornando-se a primeira intérprete em disco do irmão compositor. No mesmo ano gravou outro disco com sambas de Noel Rosa, João de Barros, Benedito Lacerda, além de lançar mais uma composição de Caetano - "Sol Negro".

Depois de uma temporada em Salvador, em 1966 voltou ao Rio de Janeiro em 1966, apresentando-se em shows nas boates Cangaceiro e Barroco. Ao lado de Gil e Vinícius de Moraes, Bethânia apresentou o show "Pois é", no Teatro Opinião. Atuou ainda nos espetáculos "Yes, nós temos banana" e "Comigo me desavim".

DÉCADA DE 70

Em 1970 Cantou músicas de Antônio Maria e Dolores Duran, no show "Brasileiro, profissão esperança", de Paulo Fontes. Em 1971 firmando-se como intéprete passional e dramática, em 1971 gravou na Philips o disco "A tua presença". Em Julho do mesmo ano encenou seu espetáculo "Rosa dos Ventos, dirigido por Fauzi Arap, no Teatro da Praia, Rio de Janeiro. Viajou em seguida para Europa apresentando-se em Cannes, na França e na Itália, no Teatro Sistina.

Estreou no cinema em 1972 ao lado de Chico Buarque e Nara Leão no filme "Quando o Carnaval Chegar", de Cacá Diegues. Logo, gravou no final de 1972 o disco "Drama Anjo Exterminado", produzido na Philips por Caetano, no qual ela aparece pela primeira vez, como letrista, na canção "Trampolim", com música do irmão.

Em 1973 Dirigida por Antônio Bivar e Isabel Câmara, apresentou-se no show "Drama - Luz da Noite", seguindo a linha iniciada com "Rosa dos Ventos", cantando, dançando e recitando textos e poemas de Clarice Lispéctor e Fernando Pessoa.

Novamente com a direção de Fauzi Arap, estreou em 1974 o espetáculo "Cena Muda", no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro depois encenado em São Paulo e em outras capitais, como nos shows anteriores.

Comemorando 10 anos de carreira em 1975, apresentou-se ao lado do compositor e cantor Chico Buarque, na cervejaria carioca "Canecão". Tendo sido marcada como cantora de protesto, firmou-se como intérprete vigorosa e dramática, tendo entre seus maiores êxitos as gravações de "A tua presença", "Esse cara" e "Drama", de Caetano Veloso, "Iansã" de Gilberto Gil, "Coração Ateu" de Sueli Costa, "Tatuagem" de Chico Buarque e "Nada além" de Custódio Mesquita e Mário Lago.

1976: Doces Bárbaros - Gil, Bethânia, Gal e Caetano

Em 1979 depois de vender 700 mil cópias do disco "Álibi", ela foi apontada como cantora preferida do povo. Bethânia não se ligou ao tropicalismo pois não admitia ficar presa a rótulos, sofrer imposições.

DÉCADA DE 80

Em 1987 Bethânia fez apresentações exclusivas em palcos estrangeiros como em Lisboa, Cuba e Israel. Em 1988 seu álbum "Maria" foi lançado simultaneamente no Brasil, na França e em Portugal. Em 1989 recebeu o troféu Caymmi-Ano V, no Teatro Iemanjá - Centro de Convenções da Bahia.

Maria Bethânia recebe bastante homenagens. A amiga Gilda Carvalho construiu com suas próprias economias um teatro em Salvador batizando-o de "Teatro Maria Bethânia", hoje desativado.

Para comemorar os seus 25 anos de carreira, Bethânia reuniu um time brasileiro, que incluía João Gilberto, Hermeto Pascoal, Almir Sater, entre outros. O resultado foi o disco "25 Anos", que abre ao som da bateria de Mangueira , traz um clássico de Heitor Villa-Lobos ("O canto do pajé"), textos de Mário de Andrade e Fausto Fawcett e a presença especialíssima da dama do jazz, Nina Simone, que divide o vocal com Maria Bethânia em "Pronta pra Cantar", do mano Caetano.

DÉCADA DE 90

"As Canções Que Você fez pra mim", de 1994, só com músicas de Roberto e Erasmo Carlos, alcançou a marca de 1,5 milhão de cópias vendidas. O "Rei" sempre foi influência muito forte na carreira de Bethânia.

Em 1995, Bethânia escolheu Gabriel Vilela para realizar o show que daria origem ao show "Maria Bethânia Ao Vivo". O diretor deu um clima barroco ao espetáculo, que fazia um retrospecto da carreira da cantora.

"Âmbar", de 1996, que comemora os 50 anos da cantora, traz uma nova geração de compositores - Adriana Calcanhoto, Chico César, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, ao lado da regravação do clássico "Chão de Estrelas", de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa. Seu aniversário foi comemorado com missa e festa, na Bahia, e celebrado no palco com o show "Imitação da Vida", registrado em CD duplo.

Novamente em parceria com Fauzi Arap, ela declama textos e poesias de Fernando Pessoa e músicas como "Mensagem", de Cícero Nunes e Aldo Cabral, clássico gravado por Isaurinha Garcia na década de 50.

Em 1999 lança o disco "A força que nunca seca" com músicas representantes da cultura nordestina. No mesmo ano lançou o disco duplo "Diamante Verdadeiro", resultado do show "Diamante Verdadeiro" . O show foi a união das canções de "A Força que nunca seca", também com raízes do nordeste. Neste disco, canções sobre a água, sobre o mar, sobre a Bahia e os orixás, de vários compositores. Bethânia declamou poesias de Castro Alves, que marcou o condoreirismo da era do romantismo brasileiro.

UMA NOVA ERA

Em 2000

O ano 2000 foi bem marcante na carreira de Bethânia. As comemorações dos 500 anos reuniram ela, Gal e Pavarotti num maravilhoso espetáculo ao ar livre em Salvador.


Muito religiosa, desde sempre, Maria Bethânia colecionou ladainhas e músicas da tradição oral de sua terra. Encomendou a amigos outras peças, que integram a quase-missa que se revela o disco Cânticos, Preces, Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu. Vivendo aquele estágio de vida pessoal e profissional em que pode fazer o que lhe dê vontade, Maria Bethânia tem abraçado projetos alternativos - que não interferem nos outros compromissos, nos espaços reservados ao lazer, no tempo dedicado à leitura de seus poetas.

Bethânia juntou versos de romeiros, colecionados por Mabel, juntou outros e deu a montagem para Gilberto Gil musicar - ele toca o violão, no disco. Suely Costa tinha sua nossa Senhora da Ajuda, sobre versos de Cecília Meireles - e assim se foi fazendo a obra. Os arranjos delicados, quando necessário, solenes, de Jaime Alem reforçam, no resultado o tom solene e no entanto íntimo que só uma grande artista, de grande fé, ousaria.

2001

Mais um trabalho de Bethânia chega. Maricotinha é o título de seu disco. No lançamento do seu CD no Canecão, Rio de Janeiro, Bethânia reuniu vários amigos para o grande show. E foi com rosas que Bethânia terminou mais um espetáculo.

Fonte: http://www.mariabethania.hpg.ig.com.br/

Links

http://www.mpbnet.com.br/musicos/maria.bethania/

http://musicabrasileira.org/mariabethania/

terça-feira, 16 de março de 2010

EU SOU BAIANO SIM!




Me chamo Elilson Cabral, sou de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Capão da Canoa, e estava cansado em ouvir falar dos baianos e de sua “Vasta Cultura”. Não suportava mais ouvir nos veículos de comunicação o quanto a Bahia era perfeita, suas praias paradisíacas, seus artistas infindos, cansei de ouvir: Baiano não nasce, estréia. Olhava pro rosto do povo Rio Grandense e via neles tanto ou mais “cultura” que nos baianos, a Bocha, a Milonga, a Guarânia, o chimarrão e não só as danças, ritmos ou indumentárias, mas toado sentimento que exalava do nosso cotidiano. “Cultura”, isso nós tínhamos, e tínhamos mais e melhor, afinal o que o mundo via na Bahia que não via em nós?
Resolvi então descobri o que é que a Bahia tem. Tirei dois anos da minha vida para conhecer a Bahia e toda sua “Cultura”, para poder mostrar pra o Brasil que existimos e que somos tão bons quantos qualquer outro brasileiro.
No dia 03 de Outubro de 1999 desembarquei no aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, e logo de cara ao contrario de baianas com suas roupas pomposas e suas barracas de acarajé, dei de cara com um taxista mal humorado porque tinham lhe roubado o aparelho celular, começava então minha árdua luta pra provar que baiano como qualquer um outro brasileiro nascia de um ventre e não de traz das cortinas.
Alguns quilômetros à frente já estava tentando arrancar do taxista as informações que pudessem servir de base para minhas teorias, afinal eu precisava preencher uma serie de lacunas sobre os baianos e suas “baianíces”. Seu Ivo, era como se chamava o simpático taxista falava sem parar, com uma voz de ritmo pausado e sem pressa para me explicar, ia ele contando-me toda historia de salvador e sua política:
- Ah! Essa política é uma “fuleiragem”, é sempre eles nos roubando e a gente votando nos mesmo sacanas que nos roubam.
Me chamou a atenção como ele não media palavras para definir os seus governantes. Mas até então nada na Bahia me encantara, nada de magia, nada de beleza. Chegando no hotel onde ficaria durante esse período fui então programar minhas estratégias e resolvi logo ir ao local mais badalado da Bahia, O pelourinho. Chegando no bairro mais uma vez nada de surpresa, casas antigas, pessoas e cabelos, trançados, espichados, alisados, pintados, enfim, coisas da Bahia. Senti um cheiro muito forte de dendê (ao menos eu achava que era dendê), nunca sentira aroma igual. Então avistei numa varanda pequena uma senhora e duas crianças que brincavam de aprender a fazer acarajé, parei e fiquei olhando tentando colher informações para meu “dossiê”.
- Entra seu moço!
Foi o que logo ouvi, meio sem jeito fui logo pra perto do fogão, o cheiro era cada vez mais forte e envolvente.
- O senhor quer uma?
- Claro!

Ia perder a oportunidade de comer a iguaria baiana mais famosa e poder dar meu parecer a respeito? Jamais. Dei a primeira mordida e senti-me como se tivesse numa fornalha, aquilo queimava, ardia e pasmem era muito gostoso, tentava parar de comer, mas quanto mais tentava mais me lambuzada com aquele recheio que eles chamavam de VATAPÁ. Delicioso!
Enfim a Bahia tem algo de bom, mais é isso que encanta na Bahia? Bem vou encurtar minha historia para que vocês leitores dessa revista não fiquem entediados.
Passei dois anos viajando por toda Bahia, suas praias paradisíacas, ouvindo e vendo seus artistas, e saboreando de sua cultura e consegui chegar a um denominador comum, consegui alcançar o tanto procurava. Enfim os baianos não são melhores que nós Gaúchos, na realidade somo até mais civilizados que eles, porém, uma coisa nesses dois anos me chamou a atenção, vou dizer-lhes qual foi. Ao voltar para minha linda cidade no interior do Rio Grande do Sul senti-me como se estivesse pousado no meu planeta, e logo escrevi um artigo pra uma revista falando da minha “descoberta” e depois de publicada fique de bem comigo mesmo e com minha terra, agora sim estou leve. Agora sim? Ainda não!
Passei os meus dias tentando entender porque sentia tanta falta da Bahia, porque sentia falta de meu vizinho Dorgival, do rapaz que passava vendendo sacolé, do João da barraca de água de coco, meu Deus porque esse vazio? Foi então que descobri o que é que a Bahia tem. Sem pretensão de ofender os meus, digo-lhes que, jamais verei nos sorrisos gaúchos a beleza da sinceridade baiana, jamais sentirei nas percussões de cá o pulsar dos meninos negros de pés descalços que “oloduavam” sem ter medo da dureza futura, jamais terei no abraço de meus parentes o calor que sentia ao ser abraçado pela vendedora de cocada de araçá que toda tardinha teimava em insistir pra que eu comprasse mais uma, jamais sentirei nos territórios daqui o cheiro de dendê, puxa o dendê que nem mesmo sabia o seu cheiro e o reconheci assim, de pronto, queridos conterrâneos, na nação de lá eles andam descalços mesmo os adultos e não é por não terem calçados, eles gostam de viver assim, a chuva não é apenas suprimento e fartura, é diversão, quantas vezes corri pela chuva com o André, filho de Dna Zete, seguindo o caminho que ela fazia no meio da calçada. Amigos, naquela nação os cabelos são como roupas, as roupas são como armas e as armas são os instrumentos, que levam uma multidão para uma batalha que dura 7 dias e que sempre acaba em vitória para ambos os lados, uma cabaça é motivo de festa, um fio de arame motivo pra luta (de capoeira), dois homens juntos é motivo pra samba, pagode, e festa. E pasmem queridos patrícios, eles trabalham, e muito, no tabuleiro de cocada, na frente de um volante, com uma baqueta nas mãos, trabalham sim. Não quero ser baiano! Sou gaúcho! Sou brasileiro! Mas nunca imaginei que conheceria um Brasil que jamais pensei achar exatamente na Bahia, exatamente lá, do outro lado, na outra nação.. Não quero me separar deles, não quero perder o direito de dizer que sou brasileiro e que tenho a Bahia como pedaço de mim. Não quero ser baiano, mas mesmo assim não consigo não ser.
Jamais saberia que seria necessário ir a Bahia para conhecer o Brasil.


Elilson Nunes Cabral Filho
Jornalista
Março de 2002

domingo, 14 de março de 2010

A IMPORTÂNCIA DO VAZIO - Joseph Newton


Estimados amigos, me permito brindá-los com esta mensagem do autor Joseph Newton

Tens o hábito de juntar objetos inúteis acreditando que um dia (não sabes quando) vais necessitar deles?

Tens o hábito de juntar dinheiro sem gastá-lo, pois imaginas que ele poderá faltar no futuro?


Tens o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outras coisas que já não usas há muito tempo?


E dentro de ti?... Tens o hábito de guardar raivas, ressentimentos, tristezas, medos e outros sentimentos negativos?

Não faças isso! Vai contra a tua prosperidade!

É preciso deixar um espaço, um vazio para que novas coisas cheguem à tua vida.

É preciso se desfazer do inútil que há em ti e em tua vida para que a prosperidade possa acontecer.

A força deste vazio é que atrairá e absorverá tudo o que desejas.

Se acumulares objetos e sentimentos velhos e inúteis não terás espaço para novas oportunidades.

Os bens necessitam circular. Limpe as gavetas, os armários, o depósito, a garagem… A mente…

Doe tudo aquilo que já não usas…

A atitude de guardar um monte de coisas inúteis só acorrenta a tua vida.

Não são só os objetos guardados que paralisam a tua vida.

Eis o significado da atitude de guardar: quando se guarda, se considera a possibilidade de falta, de carência…

Acredita-se que, amanhã, poderá faltar e que não haverá maneira de suprir as necessidades…

Com esse pensamento, estás enviando duas mensagens ao teu cérebro e à tua vida: A de que não confias no amanhã; E que o novo e o melhor NÃO são para ti…

Por isso te alegras guardando coisas velhas e inúteis!

Até o que já perdeu a cor e o brilho...

Deixa entrar o novo em tua casa…

E dentro de ti…

Por isso, depois de ler esta mensagem, não a guardes...

Faça-a circular, para que a prosperidade e a paz cheguem a ti.