"O INPAR formou meu caráter para o resto da vida"
Elenice Soares de Souza nunca deixou de lutar pela realização de seus sonhos. Aos 72 anos ela relembra com carinho do período em que esteve no internato e nos conta como a sua determinação a ajudou a superar os obstáculos após deixar o instituto. Ela se formou em administração aos 42 anos, mesmo período em que cuidava do filho pequeno e trabalhava durante o dia, e casou-se com o companheiro de sete anos aos 70. Inspire-se neste caso de sucesso.
Como você chegou ao INPAR?
Meus pais se casaram na Igreja Presbiteriana de Niterói em 1937. Foi um amigo de trabalho do meu pai que o trouxe para a igreja. Acho que foi aí que ele conheceu o instituto. Ele ficou viúvo muito cedo, com dois bebês para cuidar e precisava de um lugar seguro para me deixar e ir trabalhar.
Do que você recorda com carinho?
Sempre me lembro com emoção de ser pega no colo por Dona Dolores. O carinho dela me é aconchegante até hoje. Eu não conheci minha mãe e fui cuidada por outras pessoas.
O que você aprendeu com o instituto?
O temor ao Senhor, a responsabilidade, o esmero em tudo, o respeito ao próximo, entre outras coisas. O INPAR formou meu caráter para o resto da vida.
O INPAR contribuiu para o seu desenvolvimento profissional?
Sim. Sempre era elogiada em toda tarefa por fazer bem as coisas; tudo era feito com muito capricho. Após sair do INPAR, entrei na segunda série da escola pública. Terminei meu primário e o ginásio. Comecei a trabalhar como recepcionista até chegar ao cargo de
secretária de Gerência. Aprendi inglês e cursei o Científi co na ACM. Depois, Administração de Empresas nas Faculdades Integradas Bennet. Terminei aos 42 anos e fi z um Curso de Administração em Hotelaria na FGV. Após a aposentadoria, ainda fiz o Curso de Cuidadores de Idosos na UERJ.
Qual é a sua projeção para o futuro?
A gente sempre sonha! Já sou "setentona", aposentada e gosto de viajar. Não conheço Portugal, Espanha e França, embora já tenha ido à Europa quatro vezes. Espero conhecer estes países e, principalmente, ser vovó, mas isso não depende de mim.
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