“Não se preocupe quando não for reconhecido, mas se esforce para ser digno de reconhecimento”. Abraham Lincoln (1809-1865)
Hoje recebi a edição ano LVI, nº 736, março de 2016, do órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil, o periódico jornal BRASIL PRESBITERIANO, onde em sua página de nº 9, o Rev. Marcone Bezerra Carvalho, Ministro Presbiteriano, e meu colega Historiador, com muita maestria escreveu sobre o MUSEU da IGREJA PRESBITERIANA DO RIO DE JANEIRO. Confessei a ele que fiquei surpreso e emocionado, pois ele de forma sintética e objetiva conseguiu descrever todo trabalho realizado pelo Museu e pelo Centro de Documentação – CENDOC. Não deixe de ler a matéria. Rev. Marcone, muito obrigado. Que nossas igrejas se preocupem, conservem, invistam, divulguem e tornem acessíveis os seus arquivos.
Minha trajetória no Museu começou quando fui nomeado a fazer parte da, na época chamada ”Comissão do Museu”, isso era o ano de 2000 ou antes um pouco. No CENDOC fui Coordenador desde 2006 até 2016.
Fui Diretor do Museu da Igreja do Rio de 2009 até 01/03/2016 – quando fui demitido – não poderia deixar de escrever um pouquinho sobre ele, o Museu, e principalmente registrar o meu sincero agradecimento, um póstumo, aqueles que estiveram ao meu lado diretamente. Ao Presb. Edson Gueiros Leitão (1925-2010), que pouco antes de falecer disse a sua esposa (Gilda Simon Leitão): “Agora eu fico tranquilo, pois o Nelson era a pessoa própria para assumir essa função de Diretor do Museu.” Meu agradecimento as Museólogas Elizabeth de Souza Cardoso Affonso, Daniele França Sampaio Cunha e Daniela Matera do Monte Lins Gomes. A Historiadora Regina Helena dos Santos Timbó. A Jornalista Grace Elizabeth de Oliveira Cruz. Aos meus amigos Rev. Cid Pereira Caldas, Fábio Farias Gomes e Lucas Heler. Todos engajados nesse projeto de preservação da memória da história da PRIMEIRA Igreja Presbiteriana do Brasil. Eu aprendi muito com vocês e agradeço mais uma vez aqui publicamente todo carinho que vocês tiveram comigo. O que sei hoje agradeço a vocês. E peço a Deus que abençoe todos a todos.
Segue uma pequena síntese da trajetória do Museu.
Museu da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro
História Viva do Presbiterianismo – Rev. Amantino Adorno Vassão
Os museus ocupam no mundo contemporâneo um lugar de notável centralidade. Trata-se de um fenômeno mundial. É possível supor que uma sociedade se revele através dos seus museus. Neste sentido, estas instituições poderiam ser consideradas microcosmos sociais. O conhecimento desses universos, portanto, reveste-se de grande importância científica, social, cultural e econômica.
Preocupada com a preservação da memória da Igreja, o Conselho da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, sob o pastorado do Rev. Guilhermino Cunha, designa uma comissão denominada “Comissão de História Viva do Presbiterianismo” composta pelos irmãos Diác. José Carneiro de Oliveira, Museóloga Sigrid de Barros, Prof. Alair Carneiro, Presb. Joaquim Coelho Marques e Prof.ª Ruth Faria. Esse grupo desejoso de preservar a história de nossa Igreja inicia os trabalhos em 25/02/1981.
Um grande trabalho de pesquisa e de resgate histórico foi iniciado culminando com a abertura da 1ª mostra do acervo em 10/01/1982 cuja temática girou em torno do mobiliário antigo da Igreja, utensílios de Santa Ceia e batismo que foram utilizados no passado.
Não tendo um local fixo para a guarda e exposições do acervo o Conselho da Igreja resolve destinar uma Sala no subsolo do Templo para que pudesse servir de local de guarda do acervo e futuras exposições. Nesse sentido em 13/12/1987. Foi inaugurado o Museu História Viva do Presbiterianismo.
As atividades prosseguiram e o Museu História Viva do Presbiterianismo em 2002 passou a se chamar Museu História Viva do Presbiterianismo - Rev. Amantino Adorno Vassão.
Em 2011 o Conselho da Igreja atendendo ao pedido da Comissão do Museu, buscando cadastrar o museu de nossa igreja no Cadastro Nacional de Museu, visando visibilidade e reconhecimento oficial nacional e internacional, com intuito, inclusive, de participar de editais e recebimento de patrocínios, foi feito o registro oficial do museu no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, sendo averbado em 12/04/2011, passando a se chamar “Museu da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro” por questões jurídicas e de registro.
Em 2012, Lucas Santos Heler, cria a MARCA DO MUSEU.
A partir de 2008, com o acervo razoavelmente identificado a Comissão deu início a uma série de exposições, foram elas:
2008 (maio/junho) – Centenário de Julio de Oliveira (1908 – 2008).
2008 (outubro) – União de Mocidade Presbiteriana: 74 anos.
2009 (agosto) – Selos da Reforma Protestante.
2009 (setembro) – Ashbel Green Simonton, 150 anos de sua chega ao Brasil.
2010 (outubro) – Pelo bem dos pequeninos – Centenário do INPAR.
2010 (dezembro) – Dia da Bíblia.
2011 – 2012 (janeiro/dezembro) – Mostras fotográficas das Igrejas visitantes no Centenário e no Sesquicentenário da Igreja.
2011 (dezembro) – Dia da Bíblia.
2012 – (dezembro) - 150 anos da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
2012 – (dezembro) – Dia da Bíblia.
2013 (a Sala de Exposições do Museu ficou fechada para reformas).
2014 (fevereiro) - União Presbiteriana de Homens – UPH.
2014 (janeiro a dezembro) - Exposição Permanente: “História da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro”.
2014 (dezembro) - Dia da Bíblia.
2015 (outubro a dezembro) - Exposição Permanente: “História da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro”.
2015 (maio e junho) - 150 anos do Discurso do Rev. Ashbel Green Simonton pelo assassinato do Presidente dos Estados Unidos da América, Abraham Lincoln (1809-1865).
2015 (dezembro) - Dia da Bíblia.
2015 (dezembro) - 150 anos do Presbitério do Rio de Janeiro – PRJN.
Nos últimos anos a Comissão esteve trabalhando na identificação e acondicionamento do acervo; na elaboração do anteprojeto de um Estatuto; na elaboração do anteprojeto da criação de uma “Sociedade de Amigos do Museu”, bem como de seu Estatuto, para assim, conseguir cadastrar o Museu no órgão oficial. Um trabalho técnico, de longo prazo, porém interrompido. Fizemos muita coisa. Investimos tempo, conhecimento e reconhecemos que muita coisa ainda precisava ser feita, mas...
Concluo com um discurso de Moisés ao povo e uma orientação registrada em Provérbios:
“Estudem o passado, toda a história desde a criação da humanidade. Caminhem pelo mundo inteiro e perguntem se alguém já viu ou ouviu falar de haver acontecido alguma coisa tão impressionante como esta”. (Moisés falando ao povo – Deuteronômio 4. 32)
“Não removas os marcos antigos que puseram teus pais”. (Provérbios 22. 28)
Diác. Nelson de Paula Pereira
nelsondepaula@yahoo.com.br
http://nelsondepaula.com/
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