Salvador (fundada como São Salvador da Bahia de Todos os Santos) é uma cidade brasileira, capital do estado da Bahia e primeira capital do Brasil. Os habitantes são chamados de soteropolitanos, gentílico criado a partir da tradução do nome da cidade para o grego: Soterópolis, ou seja, "cidade do Salvador", composto de Σωτήρ ("salvador") e πόλις ("cidade").
Situada na microrregião homônima, Salvador é uma metrópole nacional com mais de 2,6 milhões de habitantes, sendo a cidade mais populosa do Nordeste, a terceira mais populosa do Brasil e a oitava mais populosa da América Latina (superada por São Paulo, Cidade do México, Buenos Aires, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago). Sua região metropolitana, conhecida como "Grande Salvador", possui 3.574.804 habitantes (IBGE/2010), o que a torna a terceira mais populosa do Nordeste, sétima do Brasil e uma das 120 maiores do mundo. É classificada pelo IBGE em comparação com a rede urbana das outras cidades brasileiras como um centro metropolitano nacional. A superfície do município de Salvador é de 706,8 km² (fonte: IBGE), e suas coordenadas, a partir do marco da fundação da cidade, no Fortaleza de Santo Antônio, são 12° 58' 16'' sul e 38° 30' 39'' oeste. Centro econômico do estado, é também porto exportador, centro industrial, administrativo e turístico.
A cidade de Salvador era antigamente chamada de Bahia, inclusive por moradores do próprio estado. Também já recebeu alguns epítetos, como o de "Capital da Alegria", devido aos enormes festejos populares, como o seu carnaval, e "Roma Negra", por ser considerada a metrópole com maior percentual de negros localizada fora da África.
Salvador é também sede de importantes empresas regionais, nacionais e internacionais. Foi em Salvador onde surgiu a Odebrecht, que, em 2008, tornou-se o maior conglomerado de empresas do ramo da construção civil e petroquímica da América Latina, com várias unidades de negócios em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e diversos países do mundo. Além de empresas, a cidade sedia também muitos eventos, organizações e instituições, como a Universidade Federal da Bahia (melhor do Nordeste e a 16º da América Latina e a brasileira que mais melhorou nos últimos dois anos) e a Escola de Administração do Exército Brasileiro.
HISTÓRIA DE SALVADOR
Antes mesmo de ser fundada cidade, a região já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o famoso Caramuru. Em 1534, foi fundada a capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares e sua esposa, Catarina Paraguaçu.
Em 1536, chegou à região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu capitania hereditária de El-Rei Dom João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares; na volta, já na Baía de Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.
Em 29 de Março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.
Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas. Talvez Tomé de Sousa tenha sido o primeiro visitante a apaixonar-se pelo local, como muitos após ele, pois disse ao funcionário que lhe entregou a notícia de que o substituto estava a caminho: "Vedes isto, meirinho? Verdade é que eu desejava muito, e me crescia a água na boca quando cuidava em ir para Portugal; mas não sei por que agora se me seca a boca de tal modo que quero cuspir e não posso". Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, chegou a 13 de Julho de 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração.
A cidade foi invadida pelos neerlandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açúcar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.
Em 1798, ocorreu a Revolta dos Alfaiates, na qual estavam envolvidos homens do povo como Lucas Dantas e João de Deus, e intelectuais da elite, como Cipriano Barata e outros profissionais liberais.
Em 1809, Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, iniciou sua administração, a qual foi muito benéfica à cidade. Em 1812 ele inaugurou o Teatro São João, onde mais tarde Xisto Bahia cantaria suas chulas e lundus, e Castro Alves inflamaria a plateia com os maravilhosos poemas líricos e abolicionistas. Ainda no governo do Conde dos Arcos, ocorreram os grandes deslizamentos nas Ladeiras da Gameleira, Misericórdia e Montanha.
Em 1835 ocorre a revolta dos escravos muçulmanos, conhecida como Revolta dos Malês. Durante o século XIX, Salvador continuou a influenciar a política nacional, tendo emplacado diversos ministros de Gabinete no Segundo Reinado, tais como José Antônio Saraiva, José Maria da Silva Paranhos, Sousa Dantas e Zacarias de Góis. Com a proclamação da República, e a crise nas exportações de açúcar, a influência econômica e política da cidade no cenário nacional decresce.
Em 1912 ocorre o bombardeio da cidade, causado pelas disputas entre as lideranças oligárquicas na sucessão do governo: é destruída a Biblioteca e Arquivo, perdendo-se de forma irremediável importantes documentos históricos da própria cidade.
ETNIAS
Salvador é o centro da cultura afro-brasileira. A maior parte da população é negra ou parda. Segundo dados divulgados pelo PNAD de 2005 para a região metropolitana de Salvador, 54,9% da população é de cor parda, 26% preta, 18,3% branca e 0,7% amarela ou indígena.[20] Salvador é a cidade com o maior número de descendentes de africanos no mundo, seguida por Nova York, majoritariamente de origem iorubá, vindos da Nigéria, Togo, Benim e Gana.(em inglês)[21]
Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%). O estudo também concluiu que indivíduos que possuem sobrenome com conotação religiosa tendem a ter maior grau de ancestralidade africana (54,9%) e a pertencer a classes sociais menos favorecidas.
RELIGIÃO
Salvador em termos de religião é conhecida por ter 365 igrejas católicas, uma para cada dia do ano, além do sincretismo religioso, onde o catolicismo convive junto ao candomblé. O número de evangélicos vem crescendo a cada ano, já respondendo por 15% da população soteropolitana. Possui ainda um percentual significante de espíritas, e de pessoas não-religiosas. No Brasil, o Primaz é o Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.
Religião | Porcentagem | Nº de pessoas |
58,74% | 1 479 101 | |
18,14% | 443 236 | |
15,13% | 324 785 | |
2,53% | 61 833 |
A princípio, Salvador era dividida apenas em Cidade Alta e Cidade Baixa, devido ao relevo acidentado, se projeta sobre a Baía de Todos os Santos, assumindo um formato triangular, em cujo vértice está o Farol da Barra. A capital baiana se mostra complexa na divisão territorial, sendo os limites das localidades e até mesmo as diferenças entre as denominações (bairros, distritos, zonas, setores) indefinidos e superpostos entre si, principalmente nas zonas do miolo urbano e subúrbios ferroviários.
Apesar da fundação planejada e iniciada no atual Centro histórico, o crescimento da capital ao longo do tempo ocorreu espontaneamente. Logo os limites se expandiram devido as ordens católicas, surgindo novas localidades como o Carmo e o Pelourinho, chamados até então de freguesias.
No século XIX ocorre uma expansão sul da cidade, surgindo a Vitória, Graça, Canela e Barra como localidades novas, e somente no início do século XX é que se faz uma reforma territorial, estabelecendo 11 distritos. A partir daí, o crescimento desordenado da cidade leva a dificuldade de estabelecer os limites e os bairros acabaram se fundindo de tal maneira, que até hoje não se conhece a quantidade direito.
Em 1987, Salvador foi dividida em 18 zonas político-administrativas para melhorar a gestão territorial. Entretanto, para confirmação de referências de endereçamentos postais e pesquisas de recenseamento, leva-se em conta a importância dos bairros soteropolitanos, o que demonstra a efervescência da cidade. Sejam bairros, distritos ou zonas, essas localidades continuam se desenvolvendo e ainda agrupam as mais diversas camadas sociais, em constante expansão vertical e horizontal.
SUBDIVISÕES
A Primeira Divisão Recenseadora do Brasil, dividia nas seguintes freguesias:
Sé ou São Salvador (criada em 1552);
Nossa Senhora da Vitória (criada em 1561);
Nossa Senhora da Conceição da Praia (criada em 1623);
Santo Antônio Além do Carmo (criada em 1646);
São Pedro Velho (criada em 1679);
Santana do Sacramento (criada em 1679);
Santíssimo Sacramento da Rua do Passo (criada em 1718);
Nossa Senhora de Brotas (criada em 1718);
Santíssimo Sacramento do Pilar (criada em 1720);
Nossa Senhora da Penha (criada em 1760).
Já no século XX, esse modelo sofreu várias reformas, dispostas de acordo com legislações descritas a seguir.
A Divisão Administrativa de 1911 estabeleceu 11 distritos, acrescentados mais cinco distritos em 1931.
O Decreto-Lei n° 10.724/38 considerou um só distrito, Salvador, e mais 24 zonas.
O Decreto-Lei Estadual n° 141/43 alterou a denominação "zona" para "subdistrito".
O Decreto-Lei n° 701/48 estabeleceu limite de setores.
A Lei n° 502 de 12 de Agosto de 1954 dividiu o município em 5 distritos (Salvador, Nossa Sra das Candeias, Água Comprida, Ipitanga e Madre de Deus) – o distrito de Salvador passa a ter 20 sub-distritos.
A Lei nº 1038/1960, que estabeleceu os limites dos distritos, sub-distritos
e bairros, sendo reconhecidos 32 (trinta e dois) bairros na cidade.
A Lei n° 1.855 de 5 de Abril de 1966 criou o primeiro Código de Urbanismo e estabeleceu
novos limites de setores.
A Lei n° 2403/72 – Código de Obras - estabeleceu 21 setores no município.
A Lei n° 2454 de 4 de Janeiro de 1973 estabeleceu limite municipal e interdistritais (2 distritos e 22 sub-distritos).
O Decreto Nº 7.791/87 criou as Regiões Administrativas – RAs.
Em 2004, a nova lei do PDDU delimitou as divisões atuais das RAs.
Desde essa última lei, a cidade é dividida em 18 regiões administrativas, as quais são RA I - Centro, RA II - Itapagipe, RA III - São Caetano; RA IV - Liberdade; RA V - Brotas; RA VI - Barra; RA VII - Rio Vermelho; RA VIII - Pituba/Costa Azul; RA IX - Boca do Rio/Patamares; RA X - Itapuã; RA XI - Cabula; RA XII - Tancredo Neves; RA XIII - Pau da Lima; RA XIV - Cajazeiras; RA XV - Ipitanga; RA XVI - Valéria; RA XVII - Subúrbios Ferroviários e a RA XVIII - Ilhas de Maré e dos Frades.
PELOURINHO
A palavra Pelourinho, em sentido amplo, corresponde a uma coluna de pedra localizada normalmente ao centro de um praça, onde eram expostos e castigados criminosos.[28] No Brasil, e em especial o pelourinho de Salvador, o uso principal era para castigar escravos através de chicotadas durante o período colonial. Tempos depois do fim da escravidão no Brasil, este local da cidade passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, etc., tornando o Pelourinho em um centro cultural.
Em 1991, houve maciço investimento estatal em segurança e financiamento na instalação de hospedarias, restaurantes, escolas de dança e outras artes, além duma grande restauração dos casarios que foi iniciada. Contundo, certas construções não foram recuperadas internamente, já que as fachadas foram priorizadas, dentre outros motivos, devido ao estado do interior do casario que impedia a reconstrução fiel. Com a restauração, a procura dos turistas nacionais e estrangeiros pelo local foi ampliada. Mas também, moradores desses casarios foram recolocados em outros bairros de Salvador.
O Pelourinho de Salvador é um local repleto de construções coloniais de diferentes tons de cor. Então, por todo o valor histórico-cultural, atualmente, o nome consta no Registro Histórico Nacional, é chamado de Centro Cultural do Mundo pela UNESCO e, ainda, a UNESCO certificou esse sítio histórico como Patrimônio da Humanidade.
O Pelourinho está dentro do Centro Histórico de Salvador, o qual é tombado pela UNESCO, e, assim, permite a Salvador ser membro da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial.
PONTOS TURÍSTICOS
Entre os pontos turísticos mais conhecidos estão:
Mercado Modelo: uma das zonas comerciais mais antigas e tradicionais de Salvador, abriga duzentas e sessenta e três lojas que oferecem grande variedade de artesanato, presentes e lembranças da Bahia.
Elevador Lacerda: um dos principais pontos turísticos e cartão-postal da cidade, liga a Cidade Baixa à Cidade Alta.
Pelourinho.
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim: construída em estilo neoclássico com fachada em rococó.
Farol da Barra: localiza-se na antiga ponta do Padrão, no litoral da capital baiana.
Parque Metropolitano da Lagoa e Dunas do Abaeté: mantido sobre proteção ambiental, conta com uma das lagoas mais famosas do Brasil: a lagoa do Abaeté.
Ponta de Humaitá: localizada em um dos locais mais visitados da Cidade Baixa, conta com belezas naturais.
Farol de Itapuã: construído no século XIX, fica encravado entre pedras, na praia de Itapuã.
Alto de Ondina: onde se encontra o Jardim Zoológico.
Marina da Penha.
Solar do Unhão: o engenho, construído no século XVII, abriga atualmente o Museu de Arte Moderna da Bahia.
Dique do Tororó: lagoa artificial, localizada no bairro do Tororó.
Parque da Cidade: conta com cerca de 720 mil m² de área verde. É um local de preservação da Mata Atlântica, vegetação original da costa brasileira.
Parque Metropolitano de Pituaçu: parte do paque é coberto por mata atlântica, sendo a maior área verde de Salvador.
Forte de São Marcelo: erguido sobre um pequeno banco de arrecifes a cerca de 300 metros da costa, destaca-se por se encontrar dentro das águas.
Parque de São Bartolomeu: área de preservação ambiental, conta com uma extensa reserva de mata atlântica.
Jardim Botânico.
Feira de São Joaquim.
Fonte Nova: principal estádio de futebol da cidade.
Salvador Bus
TURISMO
Em outubro de 2007, foram instaladas rotas turísticas em ônibus de dois andares para a cidade de Salvador, seguindo o padrão de outras cidades turísticas do mundo. A expectativa é que o serviço, denominado Salvador Bus, comece a funcionar na segunda quinzena de novembro de 2007, percorrendo cinco rotas turísticas:
Tour Salvador Praias (Praia de Stella Maris - Farol da Barra)
Tour Orixás da Bahia (Mercado Modelo - Dique do Tororó)
Tour Salvador Histórico (Farol da Barra - Pelourinho)
Tour Salvador Panorâmico (Mercado Modelo - Igreja do Bonfim)
Tour Salvador by Night/Luzes da Cidade (Rio Vermelho - Farol da Barra - Centro Histórico - Pelourinho - Praça Municipal - Mercado Modelo - Solar do Unhão)
CULTURA
A cultura desenvolvida em Salvador, primeira cidade do Brasil, e no Recôncavo da Bahia, exerceu influência decisiva em outras regiões do país, e na própria imagem que se tem do Brasil no exterior. Desde o século XVII observa-se no estado uma dualidade religiosa: de um lado, a religião católica (de origem europeia); do outro, o candomblé (de origem africana).
Já no século XIX firmou-se o gosto do baiano - tanto o de origem abastada quanto o pobre - pelo epigrama (tipo de poesia satírica); pelas modinhas (poesia lírica musicada); e, também, pelos sermões religiosos, praticado desde Frei Vicente do Salvador e tendo o ápice em Vieira.
A chegada dos africanos vindos do golfo de Benim e do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia como um todo. Segundo Nina Rodrigues, isso é o que diferencia a cultura baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nesses, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos de Angola.
Os negros iorubanos e nagôs estabeleceram uma rica cultura nas terras da Baía de Todos os Santos. Pois que tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula, o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite-de-dendê e leite de coco (tudo com muita farinha-de-guerra dos índios tupinambás e tapuias), e sobremesas, desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e o maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas às fazendas portuguesas; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com português.
No século XIX, os visitantes começaram a cultuar a imagem da Bahia como de uma terra alegre, bonita, rica (por causa da cana-de-açúcar e das pedras preciosas das Lavras) e culta, que dava ao Brasil grandes intelectuais e Ministros do Gabinete Imperial.
Na década de 1870, as baianas começaram a migrar para o Sudeste do país em busca de emprego. E, assim, essas "tias" baianas foram disseminando a cultura da Bahia, vendendo acarajés nos tabuleiros e gamelas, dando festas onde se dançava samba de roda (que, mais tarde, modificado pelos cariocas, iria resultar no samba como se tornou conhecido), desfilando suas batas e panos-da-costa pelas ruas da Capital Federal. Por isso, naquela época, chamava-se de baiana todas as negras bonitas, segundo afirma Afrânio Peixoto, no "Livro de Horas".
A partir da década de 20 do século XX, torna-se moda fazer músicas em louvor à Bahia. E houve grande polêmica quando o sambista Sinhô, contrariando, cantou que a Bahia era "terra que não dá mais coco". Baianos e cariocas, tais como Donga, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e João da Baiana, foram defender a Bahia.
A partir da década de 30, primeiro pelos romances de Jorge Amado e depois pelas músicas de Dorival Caymmi, ficou estabelecida ante o Brasil a imagem que se tem da Bahia, perdurando até os dias atuais.
FERIADOS MUNICIPAIS
São feriados municipais na cidade, segundo a lei nº 1.997, de 21 de Junho de 1967, que os fixa:
São João (24 de junho)
Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro)
Além dos outros feriados válidos para todo o Brasil e para a Bahia.
FESTAS E COMEMORAÇÕES
Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes acontece em 1 de janeiro. Várias embarcações de todos os tipos velejam na Baía de Todos os Santos carregando a imagem do Bom Jesus da igreja da Conceição da Praia para a capela da Boa Viagem, num lindo desfile de fé.
De 3 a 6 de janeiro tem Reis, a Festa da Lapinha.
Na segunda quinta-feira do mês de janeiro se faz a Lavagem do Bonfim. Uma enorme procissão, em que os participantes vestem trajes brancos, em homenagem a Oxalá. A multidão parte da igreja da Conceição da Praia em direção à Igreja do Bonfim, no alto da Colina Sagrada, no bairro de mesmo nome. A cada ano aproximadamente 800 mil pessoas participam da grandiosidade desse evento religioso. Ao chegarem ao final do cortejo, baianas com suas roupas típicas despejam os vasos com água de cheiro no adro da Igreja do Bonfim e sobre as cabeças dos fiéis. É uma festa Católica, misturada com Candomblé, que tem se tornado cada vez mais profana que religiosa. Ao final da lavagem da escadaria da igreja, começa a parte mais popular da festa, com muita cerveja, pagode, reggae e comidas servidas em barracas que se espalham por quase todo o bairro do Bonfim. Durante a realização dessa festa, a Cidade Baixa fica praticamente interditada para o tráfego de veículos pelas ruas e avenidas por onde o cortejo se desloca. Apesar de não ser feriado na cidade, os estabelecimentos comerciais que ficam ao longo do percurso fecham as portas em respeito à realização da festa e por pura falta de condições de funcionarem enquanto milhares de pessoas se divertem pelas ruas.
É comemorado o dia de São Lázaro no último domingo de janeiro.
No dia 2 de fevereiro, os adeptos do candomblé homenageiam a Rainha do Mar, Iemanjá simbolizada numa sereia. A festa acontece no Rio Vermelho, quando centenas de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Candomblé "entregam" presentes à Rainha do Mar, depositando perfumes, flores e outras oferendas em barcos que transportam os presentes ao alto mar. Algumas pessoas simplesmente jogam os presentes ao mar. É uma grande e poderosa manifestação de fé na força da Mãe d’Água, que tem desdobramento profano nas barracas padronizadas, onde a crença é transformada em samba, festa que se prolonga até altas horas da noite, regada principalmente a cerveja.
Quinze dias antes do carnaval se faz a Lavagem da Igreja de Itapuã.
E em fevereiro é a vez da Lavagem da Igreja de Nossa Senhora da Luz.
Entre fevereiro e março ocorre o tão esperado Carnaval. Durante sete dias, da quarta-feira até a manhã da quarta-feira de Cinzas, acontece a maior festa do mundo em participação popular, que toma toda a cidade de foliões, vestidos nos abadás e becas dos blocos preferidos ou com fantasias e pulando como "pipoca" atrás dos trios independentes, rumo aos diversos circuitos do carnaval. Os foliões chamados de "pipocas" são aqueles que não têm condições de pagar por uma fantasia e sair dentro de um bloco e acabam pulando o tempo todo fora das cordas que circundam os trios-elétricos. Existe o circuito central, do Campo Grande à Praça Castro Alves; outro, na orla, sentido Barra-Ondina; e o mais tradicional, do Pelourinho à rua Chile, no Centro Histórico. Neste circuito, o forte é a música das bandinhas de sopro e percussão, os afoxés, blocos afros e os fantasiados e, nos demais, desfilam os grandes blocos, com os possantes trios elétricos, uma criação dos baianos Dodô e Osmar que virou mania em todo o Brasil.
Na segunda quinzena junho, ocorre a também bastante aguardada São João, que na capital tem o nome de "Arraiá da Capitá" e se concentra no Parque de Exposições, reunindo cantores de várias parte do Brasil e do estado da Bahia, barracas com comidas e bebidas típicas.
O 2 de julho é a data magna baiana, quando ocorre em Salvador e cidades do Recôncavo a festa pela independência da Bahia, que tem o Caboclo e Cabocla como ícones da participação popular na defesa do que viria a ser a nação brasileira contra o domínio português. O desfile do 2 de julho aconteceu pela primeira vez em 1824 como forma de protesto do povo baiano contra a continuidade da ordem social vigente.
Em 27 de setembro é São Cosme e São Damião, dia em que devotos fazem caruru e distribuem balas para as crianças. Esta festa, porém, se restringe basicamente ao Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, região do Centro Histórico de Salvador. Muitos adeptos do Candomblé, entretanto, fazem festas particulares em suas residências, distribuindo o tradicional caruru e balas.
De 29 de novembro a 8 de dezembro se comemora o dia da Nossa Senhora da Conceição. O ponto culminantes da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia é em frente à igreja de mesmo nome, nas imediações do Elevador Lacerda. Ali são armadas barracas onde são servidas comidas e bebidas, ao som de reggaes, pagodes e sambas os mais diversos.
MÍDIA E TELECOMUNICAÇÕES
O setor de telecomunicações e mídia em geral são bastante importantes. Uma vez que foi sede da administração portuguesa no Brasil, teve importantes jornais a nível nacional, assim acompanha as grandes mudanças, sendo uma das primeiras a implanterem novas tecnologias no país. Um exemplo é o telefone celular, o primeiro celular lançado no Brasil foi pela TELERJ, na cidade do Rio de Janeiro em 1990, e logo foi seguido da cidade de Salvador.
TRANSPORTES
Aéreo
Salvador conta com um aeroporto internacional, o Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luís Eduardo Magalhães, anteriormente era denominado de Dois de Julho. É o maior de todo Norte, Nordeste e Sul brasileiro e o quinto mais movimentado do país. Em 2007, foi o 3º maior do Brasil em movimento de malas postais, o 5° de passageiros e 6º de aeronaves e cargas.[35] Situado a 28 km do centro de Salvador, numa área de mais de seis milhões de metros quadrados (entre dunas e vegetação nativa), o aeroporto dispõe de completa infra-estrutura aeroportuária e um moderno terminal de passageiros (inaugurado em 2001) capaz de atender a seis milhões passageiros ao ano e receber 24 aeronaves simultaneamente. Existem vôos regulares para as principais capitais brasileiras e para alguns países da Europa.
Aquaviário
Por ser uma cidade litorânea, é comum a utilização do transporte aquaviário, contando, inclusive, com algumas rotas para a ilha de Itaparica. A Companhia das Docas do Estado da Bahia, a Companhia de Navegação Baiana e o Circuito Náutico da Bahia são as principais responsáveis por esse transporte.
Ferroviário
A Companhia de Transportes de Salvador é responsável pelo transporte ferroviário da região metropolitana.
O Metrô de Salvador está em fase de construção. Possuirá, quando concluído, 28 estações e 48,1 km de extensão e transportará cerca de 400 mil usuários por dia.
Rodoviário
Salvador conta com transportes intermunicipais que conduzem às cidades do interior do estado e coletivos que circulam por toda a região metropolitana; esses transportes desembarcam no terminal rodoviário.
Trilhos e elevador
O Elevador Lacerda, os Planos Inclinados Gonçalves, Pilar e Liberdade-Calçada fazem o transporte da Cidade Alta para a Baixa.
PROBLEMAS ATUAIS
Bairro do Itaigara em Salvador, um dos bairros com melhor IDH-M do Brasil.
Além da desigualdade social, há tempos, a capital da Bahia também sofre com o turismo sexual, desemprego e violência, iluminação pública e saúde precárias, crescimento desordenado (favelização) e desrespeito ao meio ambiente. A cidade possui a nona maior concentração de favelas entre os municípios do Brasil com 99 favelas.
DESIGUALDADE SOCIAL
Apesar de ser a capital mais rica do Nordeste e entre as primeiras do Brasil, alguns indicadores relativizam essa riqueza. Como no resto do Brasil - e principalmente do Nordeste -, há uma grande desigualdade em diversos aspectos. O IDH é levemente maior que o do Brasil, mas pode se reduzir a níveis da África ou se elevar a níveis da Europa, dependendo do bairro ou região da cidade considerados. De acordo com o PNUD, o IDH-M do Itaigara é 0,971, do Caminho das Árvores-Iguatemi é 0,968, do Caminho das Árvores/Pituba-Rodoviária e Loteamento Aquárius é 0,968, de Brotas-Santiago de Compostela é 0,968 e da Pituba-Avenida Paulo VI e Parque Nossa Senhora da Luz é 0,965; todos iguais ou maiores que da Noruega, líder mundial há seis anos. Porém, locais como Zona Rural-Areia Branca e CIA Aeroporto-Ceasa (0,652), Coutos-Fazenda Coutos, Felicidade (0,659) e Bairro da Paz/Itapuã-Parque de Exposições (0,664) apresentam índices menores que países como a África do Sul, Guiné Equatorial e Tajiquistão, localizados na África e Ásia Central.
ECONOMIA
Edifícios empresariais na região da Avenida Tancredo Neves, o centro financeiro da cidade.
Salvador é a cidade economicamente mais desenvolvida no estado, devido à histórica participação comercial e industrial. A participação da agropecuária na economia é inexpressível devido à inexistência de territórios rurais dentro do município.
A economia de Salvador está distribuída da seguinte forma:
Composição da economia de Salvador:
Agropecuária
0,06%
Indústria
20,99%
Serviços
78,94%
De acordo com o IBGE, o PIB de Salvador vem crescendo, chegando a atingir R$ 22 145 303 000,00 em 2005, assim como o PIB per capita, que chegou a R$ 8 283,00 também em 2005. Ainda neste ano, o PIB da cidade correspondia a 1,03% das riquezas produzidas no país e era a 9ª cidade mais rica do Brasil.
Em 2003, de acordo com a contagem do IBGE na época, Salvador possuía o 19º maior PIB entre os municípios brasileiros e o segundo entre os baianos, atrás apenas de Camaçari. Nesse ano, o PIB de Salvador era de R$ 11 967 563 000,00, o que correspondia a 0,77% do PIB do Brasil daquele ano.
Segundo um estudo coordenado pelo professor Moisés Balassiano, da FGV-RJ, Salvador aparece como a 11ª melhor cidade para desenvolver carreiras no país.
Construção civil
Em agosto de 2010, segundo o sítio eletrônico especializado em pesquisa de dados sobre edificações, Emporis Buildings, Salvador está entre as cem cidades do mundo com mais prédios, mais precisamente está em 62º lugar. Na América do Sul, sobe para a oitava colocação. Totaliza 546 edificações construídas de todos os tipos, dentre os quais está a Mansão Margarida Costa Pinto, o décimo arranha-céu mais alto do país, com 154 metros.
PRAIAS E LITORAL
Salvador possui famosas praias, como as de Itapuã, dos Artistas e do Porto da Barra. As praias da cidade atraem tanto habitantes locais como turistas, principalmente devido à temperatura agradável da água. Algumas praias possuiam restaurantes típicos na própria areia (barracas de praia), - demolidas com base no Artigo 225 da Constituição - onde se preparavam frutos do mar e bebidas diversas. Além disto, é comum encontrar tabuleiros de baianas, onde é possível provar um Acarajé.
Relevo
O relevo de Salvador é acidentado e cortado por vales profundos. Conta com uma estreita faixa de planícies, que em alguns locais se alargam. A cidade está a 8 metros acima do nível do mar.
A capital baiana é dividida em duas partes: a Cidade Alta, a maior delas (e mais recente), e a Cidade Baixa, cortada por faixas litorâneas. Existem elevadores que fazem o transporte entre as duas.
Vegetação
Existem vários tipos de vegetação na cidade. Nas praias e dunas, encontram-se coqueiros. Entre as espécies presentes em Salvador estão a pimenteira, o capim-da-areia e a grama-da-praia.
Demografia
População e Eleitorado (Eleições Municipais), 2006
Habitantes Eleitorado Eleitorado (% da população)
2 892 625 1 801 559 58,47%
Salvador é o terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, contando com aproximadamente 1,8 milhão de eleitores.
Clima
Possui um clima tropical predominantemente quente, com maior concentração de chuvas no inverno e verão seco. Chega a extremos de 15 °C no inverno e a 38 °C no verão. A brisa oriunda do Oceano Atlântico deixa agradável a temperatura da cidade mesmo nos dias mais quentes.
Os bairros litorâneos, fora da Baía de Todos os Santos, como a Pituba, Praia do Flamengo, recebem fortes ventos, vindos do mar.
A temperatura máxima absoluta no município de Salvador foi de 34,4 °C no dia 8 de fevereiro de 1963 e mínima absoluta de 12 °C no dia 20 de julho de 1966.
BAIANOS DE SALVADOR (Personalidades)
A
Abdon Batista
Precipício
Adaílton José dos Santos Filho
Adélia Josefina de Castro Fonseca
Adriana Lima
Adriano Pereira da Silva
Adroaldo Tourinho Junqueira Aires
Afonso Florence
Afrânio Coutinho
Agostinho Ribeiro, bispo de Angra, Ceuta e Tânger
Alan Frank
Aldri Anunciação
Alex Costa dos Santos
Alex Sandro Santana de Oliveira
Alexandre Rodrigues Ferreira
Alexandre Schumacher
Alice Portugal
Aliomar Baleeiro
Allan do Carmo
Almachio Diniz
Aluísio Lopes de Carvalho Filho
Ana Marcela Cunha
Anderson Conceição Xavier
André Catimba
Antônio Alves Câmara Júnior
Antonio Augusto Cardoso de Castro
Antônio Augusto da Silva
Antônio Carlos Magalhães
Antônio Carlos Magalhães Júnior
Antônio Carlos Magalhães Neto
Antônio Carneiro da Rocha
Antônio Ferrão Muniz de Aragão
Antônio de Freitas Paranhos
Antônio Guedes de Brito
Antônio Joaquim Franco Velasco
Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque
Antônio José Imbassahy da Silva
Antônio Luís Pereira da Cunha
Antônio Muniz Sodré de Aragão
Antonio Pitanga
Antonio Risério
Antônio de Sá Pereira
Arilson Bispo da Anunciação
Aristide Oliveira Mascarenhas
Armandinho (guitarrista)
Arthur Maia (político)
Artur Neiva
Artur de Sales
Astrud Gilberto
Aurélio Rodrigues Viana
B
B. Piropo
Barata Ribeiro
Batatinha
Bebeto
Bell Marques
Bento José Rufino Capinam
Beto Jamaica
Bibi Ferreira
Borges (futebolista)
Brás do Amaral
Bruno Costa de Souza
C
Caetana Sowzer
Caíque Silva Rocha
Camafeu de Oxóssi
Canarinho (humorista)
Candolina Rosa de Carvalho Cerqueira
C (continuação)
Cardinot
Cardoso de Oliveira
Carla Cristina
Carla Perez
Carla Visi
Carlinhos Brown
Carlos Carneiro de Campos
Carlos Corrêa de Menezes Sant'anna
Carlos Furtado de Simas
Carlos Imbassahy
Carlos Marighella
Carneiro da Rocha
Carolina Magalhães
Cassiano Esperidião de Melo e Matos
Cassiano Manuel Lima
César Borges
Chica Xavier
Chico Liberato
Cipriano Barata
Ciro Aguiar
Clarival do Prado Valladares
Cláudio Cajado
Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão
Cláudio Manoel
Clemente Ferreira França
Clemente Mariani
Clementino Kelé
Clériston Andrade
Climério Almeida de Andrade
Constâncio Alves
Correia de Brito
Cosme de Farias
Custódio de Melo
Cátia Guimma
D
Damasceno Vieira Filho
Daniel Boaventura
Daniel Dantas (banqueiro)
Daniel Gomes de Freitas
Daniela Mercury
Daniela Prata
Danilo Gomes
Danilo Senna
Daúde
Denilson Martins Nascimento
Deoscóredes Maximiliano dos Santos
Diana Pequeno
Dias Gomes
Dionísia Francisca Régis
Domingos Borges de Barros
Dorival Caymmi
Duda Mendonça
Durval Lélys
Durval Neves da Rocha
E
Edcarlos
Edgard Santos
Edgard de Cerqueira Falcão
Edílson da Silva Ferreira
Edison Carneiro
Edmilson dos Santos Silva
Edson Barbosa Barreto
Edson Gomes Cardoso Santos
Eduardo Espínola
Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho
Eduardo Portella
Eduardo Ramos
Eduardo Rios Filho
Eduardo da Silva Nascimento Neto
Edvaldo Valério
Eduardo Pellew Wilson Júnior
Elaine Estrela Moura
Eliana Kertész
Eliézio Santos Santana
Ellen de Lima
Emanuelle Araújo
Eriscline José dos Santos
Eugênia Anna Santos
F
Fabiana Andrade
Fabiana da Silva Simões
Fábio Limma
Fabrício Boliveira
Fabricio Kraychete
Faustino de Castro e Silva Neto
Felisberto Caldeira Brant Pontes
Fernando Antonio Bastos Coelho
Flávia Cavalcanti Rebelo
Floro Bartolomeu
Formiga (futebolista)
Francisca de Assis Viana Moniz Bandeira
Francisco Carneiro de Campos
Francisco de Castro
Francisco da Silva Romão
Francisco Félix de Sousa
Francisco Jê Acaiaba de Montezuma
Francisco José da Rocha (político)
Francisco Liberato de Matos
Francisco Mangabeira (poeta)
Francisco Marcelino de Sousa Aguiar
Francisco Ney Ferreira
Francisco Vicente Viana
Franklin Dória
G
Gabriel Póvoas
Gal Costa
Geddel Vieira Lima
Genaro de Carvalho
Gervásio Baptista
Gilberto Gil
Gilmelândia
Giocondo Dias
Giovanna Gold
Givaldo Barbosa
Gleidionor Figueiredo Pinto Júnior
Gláucia Lemos
Góis Calmon
Goulart Gomes
Gregório de Matos
Guilherme José Moreira
Gustavo Adolfo de Aguilar Pantoja
H
Hamilton Prisco Paraíso
Heitor Humberto de Andrade
Helena Ignez
Hélio Vitor Ramos Filho
Henrique José de Souza
Hilário Remídio das Virgens
Hilda Dias dos Santos
Humberto Lemos Lopes
Humberto Porto
I
Ildi Silva
Inaicyra Falcão dos Santos
Ingra Liberato
Irmã Dulce
Israel Dias Machado
Itamar Franco
Ivan Lima
Iyá Davina
J
J.J. Calmon de Passos
Jacob Gorender
Jaime de Sá Meneses
Joana Angélica
João Antônio de Araújo Freitas Henriques
João Francisco Lopes Rodrigues
João Galeão Carvalhal
João José de Oliveira Junqueira
João José de Oliveira Junqueira Júnior
João José Reis
João Mangabeira
João Marques dos Reis
João Miguel
Joaquim Elísio Pereira Marinho
Joaquim José Pacheco
Joaquim Marcelino de Brito
Joaquim Monteiro Caminhoá
Joe (músico)
Jônatas Abbott Filho
Jorge Andrea dos Santos
Jorge Augusto Ferreira de Aragão
Jorge Calmon
Jorginho Gomes
José de Aquino Tanajura (filho)
José Bahia Spíndola Bittencourt
José Carlos Aleluia
José Carlos Pereira (militar)
José Carlos Pereira de Almeida Torres
José Carlos Santos Silva
José Cerqueira de Aguiar Lima
José da Costa Carvalho
José Elói Pessoa
José Freire de Carvalho
José Joaquim Carneiro de Campos
José Joaquim Lopes
José Joaquim Nabuco de Araújo
José Joaquim Seabra
José Júlio de Calasans Neto
José Lino dos Santos Coutinho
José Luís de Almeida Couto
José Maria da Silva Paranhos
José da Silva Lisboa
José Tomás Nabuco de Araújo
José Tomás Nabuco de Araújo Filho
Joselino Martins de Jesus
Josué de Barros
José Carlos de Almeida Azevedo
João Marcelo
João Mello
Juarez Maranhão
Juca Ferreira
Juliano Moreira
Julinho (futebolista)
Júlio Maria Bandeira de Mello
Júlio Santana Braga
Junqueira Freire
Jutahy Magalhães Júnior
Júlio César dos Santos
K
Kim Sasabone
L
Laélia de Alcântara
Lan Lan
Larissa Luz
Lateef Crowder
Lázaro Negrume
Lázaro Ramos
Leandro Bonfim
Leandro da Silva Souza Batista
Leandro dos Santos de Jesus
Leila Cordeiro
Lenílson Batista de Souza
Léo Santana
Leonard Dias
Leonardo Moreira Morais
Leovigildo Coelho
Letieres Leite
Liliane Reis
Linda Batista (atriz)
Louise Wischermann
Lourdes Vallier
Luana de Noailles
Lucci Ferreira
Luciano Andrade Rissutt
Luciano Calazans
Luís Alves de Assis
Luís Antônio Pereira Franco
Luis Claudio Ferreira dos Santos
Luís Eduardo Magalhães
Luís Francisco Gonçalves Junqueira
Luís Gama
Luís José de Oliveira Mendes
Luís Viana Filho
Luiz de Aguiar Costa Pinto
Luís Alberto Santos dos Santos
Luís Viana Neto
Lyoto Machida
Léo Santanna
M
Mãe Bida de Iemanjá
Mãe Cleusa Millet
Mãe Juju D’Oxum
Mãe Menininha do Gantois
Mãe Nilzete de Iemanjá
Mãe Olga do Alaketu
Maria Stella de Azevedo Santos
Maria Bibiana do Espírito Santo
Maria da Purificação Lopes
Magno Damasceno Santos
Manoel Bernardino da Paixão
Manoel Figueiredo Castro
Manuel Antônio Galvão
Manuel Faustino dos Santos Lira
Manuel Inácio da Cunha e Meneses
Manuel Lopes Rodrigues
Manuel Marinho Alves
Manuel Pinto de Sousa Dantas Filho
Manuel Vitorino
Marcela Oliveira Menezes
Marcelo Cerqueira (Bahia)
Marcelo Crelier
Marcelo Guimarães
Marcelo Nicácio
Marcelo Nova
Marcelo de Oliveira Guimarães Filho
Marcelo Ramos (futebolista)
Márcia Freire
Margareth Menezes
Maria Amanda Paranaguá Dória
Maria de Fátima Carneiro de Mendonça
Maria de Xangô
Mariene de Castro
Mário Augusto Jorge de Castro Lima
Mário Cravo
Mário Cravo Neto
Mário Gomes da Silva
Mário Kertész
Martha Overbeck
Martha Rocha
Martha Vasconcellos
Martin Mendonça
Mathias Gonzalez
Maurício Grabois
Mestre Bimba
Mestre Dinho
Mestre Eziquiel
Mestre Pastinha
Mestre Waldemar
Miguel Calmon du Pin e Almeida (engenheiro)
Miguel Calmon du Pin e Almeida Sobrinho
Monique Gardenberg
Mestre Moraes
Moreno Veloso
N
Nelito Reis
Nelson Carneiro
Nelson Pelegrino
Nelson Tanure
Neto Baiano
Nilda Spencer
Nizan Guanaes
O
Olívia Santana
Ondina Valéria Pimentel
Orlando Gomes
Orlando Silva de Jesus Júnior
Oscar Freire (médico)
Oséas
P
Pai Pece de Oxumare
Patrícia Medrado
Paula Pereira
Paulo Alcântara
Paulo Carvalho (pugilista)
Paulo Costa Lima
Paulo Marcos de Jesus Ribeiro
Paulo Musse
Paulo Roberto de Jesus Boaventura
Paulo Roberto Teles de Goes Sobrinho
Paulo S. L. M. Barreto
Pedro Caldeira Brant
Pedro Ferreira de Viana Bandeira
Pedro Kilkerry
Pedro Ribeiro de Araújo Bittencourt
Penélope Nova
Pepeu Gomes
Péricles Chamusca
Péricles Madureira de Pinho
Peu Sousa
Pink (futebolista)
Pitty
Pola Ribeiro
Popó
Priscila Fantin
Prisciliano Silva
Protógenes Queiroz
Péri
R
Rafael Barreto
Raimundo Urbano
Ramiro Saraiva Guerreiro
Raul Seixas
Regina Maria Dourado
Reginaldo Sant'Anna
Régis Pacheco
Renato Matos
Renê Ferreira dos Santos
Riachão (compositor)
Ricardo Alex Santos
Ricardo Chaves
Ricardo Cravo Albin
Rita Cassia
Robert de Pinho de Souza
Robert da Silva Almeida
Roberto Figueira Santos
Roberto Pires
Roberval Lázaro de Alcântara Filho
Robson Souza dos Santos
Rodolfo Amoedo
Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas
Rodolfo Teófilo
Rodolpho Tourinho Neto
Rodrigo de Sousa da Silva Pontes
Rojane Fradique
Romenil
Rômulo Almeida
Ronaldo Vieira Passos
Rony Cócegas
Rosa Passos
Rosana Jatobá
Rose Lima
Rubem Valentim
Ruth Volgl Cardoso
Ruy Barbosa
Ruy Espinheira Filho
S
Sacramento Blake
Sancho de Barros Pimentel
Sante Scaldaferri
Sarajane
Sebastião da Rocha Pita
Serginho Baiano
Sergio Gabrielli
Sergio Gaudenzi
Simone
Simone Moreno
Stuart Angel Jones
Sylvia Patricia
T
Tata Fomotinho
Tertuliano Teixeira de Freitas
Tiago Neiva Ribeiro
Ticiana Villas Boas
Tina Bee
Tomás Rodrigues da Cruz
Tony Kanaan
Tuca Fernandes
U
Bira
Uéslei
V
Vander Luiz Silva Souza
Vânia Abreu
Veríssimo de Freitas
Vicente do Salvador
Victor Ramos
Virgínia Rodrigues
Vitoriano dos Anjos Figueiroa
Vivaldo Lima
Viviane Tripodi
W
Waldeck Artur de Macedo
Waldeloir Rego
Walter Pinheiro
Waltinho Cruz
X
Xanddy
Xisto Bahia
Y
Yeda Pessoa de Castro
Z
Zé Luís
Zé Trindade
Zeni Pereira
Zózimo Alves Calazans
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