Shemá Israel ("Ouve, ó Israel!"), primeira parte do trecho do Antigo Testamento no qual Jesus se baseou quando ensinou seu Grande Mandamento. Gravação em bronze no menorá do Knesset, em Israel.
Entramos no quinto domingo da
Páscoa, antes da Ascensão de Jesus. Ele ainda está entre o povo, entre os
Discípulos e Apóstolos. E nesse momento Ele deixou um grande ensinamento que
deve ser seguido enquanto estivermos aqui na terra ou até a sua vinda.
Qual foi um novo mandamento
deixado por Jesus? Já existiam 613 mitzvot
(mandamentos) – incluídos os “10
Mandamentos” que constam na Torá (cinco livros de Moisés, “Lei de Moisés”), que constam no Talmud
(livro sagrado dos judeus) divididos entre 241 Mandamentos Positivos (no
sentido de realizar determinadas ações) e 365 Mandamentos Negativos (na qual se
deve abster de certas ações). Mas por que isso? Tudo tem um significado. Vamos
aos fatos: 365 mandamentos negativos, correspondendo ao número de dias no ano
solar, que é como se cada dia dissesse à pessoa "Não cometa uma transgressão hoje" e 248 mandamentos
positivos, relacionado ao número de ossos ou órgãos importantes no corpo humano,
isto é, como se cada membro dissesse à pessoa: "Cumpra um preceito comigo".
Mas esse novo mandamento deixado
por Jesus era diferente. Abra o evangelho segundo São João, 13. 31-35. Descobriu
qual é o mandamento? O AMOR! Esse foi o Novo e Grande Mandamento deixado por
Jesus.
Nesse novo mandamento a história
da salvação e a proposta do Evangelho atingem o ponto alto do projeto de Deus entre
o humano e o divino. E a comunidade deve se estruturar no amor fraterno.
É nosso dever ansiar por um
estilo de vida de convivência humana, no respeito, na compreensão, em um mundo
organizado com justiça e solidariedade.
Será que temos verdadeiramente amado
uns aos outros como Cristo nos amou? Nesse período pascoal reflita sobre como
você tem agido. Como um cristão verdadeiro? Ou como alguém que administra e
interpreta os ensinamentos de Jesus ao seu bel prazer? É tempo de voltarmos ao
primeiro amor. A revelação dada a João e registrada no livro de Apocalipses
afirma as palavras de Jesus à Igreja de Éfeso (Apocalipses 2. 4): “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o
teu primeiro amor”. Dennis Johnson, pastor e professor presbiteriano nos
EUA, diz em seu artigo: “The Letter to
the Church in Ephesus” –A carta à Igreja em Éfeso (Disponível em:
Acesso em 25/04/2016), que o “teu
primeiro amor”, que havia esmorecido, era o seu amor uns pelos outros. Paulo
havia ensinado àquela igreja que a sua saúde enquanto corpos de Cristo dependia
de “falar a verdade em amor” (Efésios 4.15). Mas parece que aquele importante
qualificador – “em amor” – havia sido menosprezado em sua zelosa defesa da
verdade. As suas palavras eram fiéis à Palavra, mas eles estavam falhando em
“[voltar] à prática das primeiras obras” (Apocalipse 2.5).
Se temos falhado na prática do
verdadeiro amor, aquele ensinamento deixado por Jesus, chegou a hora de
voltarmos a tal prática.
Que Ele nos ajude.
Tenham uma semana abençoada.
Em oração,
Diác. Nelson de Paula Pereira
Membro da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro
contato@nelsondepaula.com
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